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Jairo Costa Jr.
Publicado em 17 de maio de 2019 às 17:00
- Atualizado há 2 anos
Documentos obtidos pela Satélite mostram que a roubalheira aos cofres públicos em Ilhéus, investigada pelas operações Citrus e Xavier, chegava até os frangos comprados pela prefeitura da cidade para distribuir à população carente durante o Natal. É o que provam notas fiscais, relatórios de fiscalização, diálogos interceptados e trocas de mensagem armazenadas em celulares apreendidos durante as buscas e apreensões realizadas em endereços de investigados pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e da 8ª Promotoria de Justiça de Ilhéus.>
Menos é mais De acordo com o relatório do Gaeco, as fraudes na compra de frango causaram danos estimados em mais de R$ 700 mil de 2011 a 2015, através do superfaturamento, sobrepreço e pagamentos por produtos fornecidos abaixo da quantidade especificada em contrato. Em um dos casos, o desvio foi de dois mil quilos de frango - das 20 toneladas pagas, só foram entregues 18.>
Comida pesada As conversas interceptadas por autorização judicial revelam que um dos principais alvos da Operação Xavier, deflagrada anteontem, chamava de “sarapatel” a propina paga por empresas que participavam dos desvios de verbas na prefeitura e na Câmara de Ilhéus. No dia 17 de agosto de 2018, o ex-vereador Valmir Feitas, o Valmir de Inema, atual secretário de Agricultura e Pesca da cidade, conversa com outro investigado sobre o repasse de propina, de acordo com investigadores do Gaeco. “Como hoje? De bode ou porco?”, indaga. “Ave-Maria! De carneiro”, responde o interlocutor. “Ah, então é o melhor”, emenda Valmir, preso pela operação. Dois ex-presidentes da Câmara, Lukas Paiva e Tarcísio Paixão, tiveram prisão decretada, mas são considerados foragidos.>
Acerto de contas A ex-deputada Virgínia Hagge (MDB) foi condenada pelo TCU a pagar multa de R$ 8 mil por irregularidades em contrato feito quando era superintendente do Ministério da Agricultura na Bahia, em 2013. Indicada ao cargo pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, ela foi denunciada por dispensa irregular de licitação no contrato para montagem de um estande que teria servido para autopromoção política em Itapetinga, sua base eleitoral.>
Jogo duro Se depender dos integrantes da Comissão de Orçamento e Finanças da Câmara de Vereadores, empresas que prestam serviços de transporte por aplicativos não terão a moleza que esperavam em Salvador. Além de rejeitar a emenda que altera de cinco para oito anos a vida útil para veículos usados no Uber, 99 Pop e afins, apresentada ao projeto de lei que regulamenta a prática na cidade, a maioria do colegiado quer elevar de 1% para até 5% a taxa que será cobrada das empresas pela prefeitura.>
Só pensa... Colegas da deputada federal Dayane Pimentel (PSL) na bancada baiana deram a ela o codinome de Dona Bela, puritana aluna da Escolinha do Professor Raimundo. Tudo por causa da polêmica fala sobre “desejo, excitação e prazer”.A cada 45 minutos, uma mulher é agredida em Salvador. É preciso expor isso Ireuda Silva, vereadora pelo PRB, ao propor a implantação do Relógio Municipal da Violência contra a Mulher em local fixo da cidade e na internetPílula Chama alta - A rebelião no PP ganhou combustível novo. Após demissão de Wilson Brito Filho da chefia de gabinete da Secretaria Estadual de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (Sihs), autorizada pelo vice-governador João Leão, quem caiu ontem foi Élio Muniz, então coordenador da Sihs por indicação do ex-deputado Roberto Britto. Ambos foram substituídos por nomes ligados ao deputado federal Cacá Leão. Contudo, no caso de Muniz, a exoneração foi assinada pelo presidente da Assembleia, Nelson Leal (PP), governador em exercício até ontem.>