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Jairo Costa Jr.
Publicado em 22 de outubro de 2014 às 06:33
- Atualizado há 3 anos
Um dos mais próximos aliados do presidenciável tucano Aécio Neves na campanha, o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB) avalia que a intensa mobilização em torno da disputa criou, pela primeira vez para a oposição, uma frente espontânea de militância com dimensão nacional. “Essa era uma arma importante que o PT deteve quase que exclusivamente nas sucessões passadas. Isso mudou agora, o que é muito positivo para os princípios democráticos”, salienta. Para o líder tucano na Câmara, as tropas petistas que costumam ocupar as ruas às vésperas das eleições vão se deparar, de maneira inédita, com uma corrente contrária disposta a defender suas posições. “Nos estados do Sul e Sudeste, onde Aécio é mais forte, o fenômeno é muito claro, assim como nas redes sociais, mas ele vem se repetindo no interior da Bahia, por exemplo, o PT tem maior penetração”, acrescenta. Para Imbassahy, a ajuda extra levou Aécio ao segundo turno e pode fazer a diferença em um páreo apertado, como foi apontado nas mais recentes pesquisas.>
Navalha na carneDefensor de uma reforma política que reduza o número de partidos, o deputado estadual Carlos Geilson (PTN) inclui até a própria legenda na lista das dezenas que poderiam se fundir a outras. “Embora não seja sigla de aluguel, como tantas outras que existem, e de ter princípios sérios, o PTN também é parte da sopa de letrinhas que tomou conta do país. O que vale para as demais, vale para a nossa. Claro que essa é uma opinião pessoal, não reflete a do partido”, assinala Geilson. O parlamentar nega que haja processo de fusão em curso envolvendo o PTN, mas disse estar aberto a propostas.>
Via de escapePartido que vem ganhando espaço na política baiana em sucessivas eleições, o PTN integra a espinha dorsal da oposição, mas há sinais de discordância aqui e acolá. Os movimentos de dissidência, embora isolados, são em grande parte feitos longe dos holofotes e alimentados por desejos de maior participação no bolo do poder. Seja no governo do estado, seja na prefeitura de Salvador. Não é o caso do deputado estadual eleito Alex de Lima, que iniciou conversas com o futuro governador, Rui Costa (PT), a quem garantiu apoio na Assembleia. O mesmo dado a Rui este ano por seu irmão, Rodrigo de Lima (PTN), prefeito de Esplanada.>
Mudança de hábitoOs líderes da oposição na Bahia fizeram festa ontem nas redes sociais ao disseminar a carta de apoio do cientista político Paulo Fábio Dantas à candidatura de Aécio Neves. A comemoração deve-se tanto ao nome do autor quanto ao peso simbólico do manifesto. Um dos mais respeitados intelectuais baianos, Dantas sempre ocupou o panteão dos pensadores ligados à esquerda no estado.>
Alertas e sinaisNo texto, Paulo Fábio Dantas, ex-vereador, ex-deputado e ex-secretário de Educação de Salvador na gestão de Lídice da Mata, ataca a ideia de que Aécio representa o retrocesso, viralizada pela “propaganda do PT em seu embate maniqueísta contra o PSDB”. Após votar em Marina Silva, diz não alimentar ilusões sobre Aécio, mas acha que é hora de seguir o desejo de mudança revelado nas urnas.Lamentavelmente, não lançamos um candidato à Presidência e o PMDB cai sempre com isso. A cúpula tem que parar de falar e colocar em práticaLúcio Vieira Lima (PMDB), deputado federal reeleito, ao pedir “mais ação e menos discurso” em relação a 2018>
PílulaQuase vira briga um bate-boca, ontem, entre o ex-vereador Javier Alfaya (PCdoB) e um casal em uma academia do Canela. Javier tentava convencer uma balconista a votar no PT, sob argumento de que a oposição cortaria programas sociais, mas foi censurado pelo casal. O barraco só acabou com a turma do “deixa-disso”.>