Só interferência do governador evita vitória de petista na disputa por vaga do TCM

Por Jairo Costa Júnior

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Publicado em 20 de dezembro de 2023 às 05:00

Lideranças das bancadas do governo e da oposição apostam que o deputado estadual Paulo Rangel (PT) só perderá a corrida pela próxima vaga no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) se o governador Jerônimo Rodrigues interferir em favor do também deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB) ou outro aliado, errar na condução do processo ou deixar que os parlamentares decidam o jogo por conta própria. No momento, Rangel é tido como favorito a ocupar o espaço que será aberto no TCM depois de amanhã com a aposentadoria do conselheiro Fernando Vita, mas a avaliação é de que o resultado dependerá da postura de Jerônimo.

Tudo é possível

Caso o governador mantenha distância do duelo, Rangel pode patinar na resistência da Casa a entregar pela terceira vez seguida a cota do Legislativo no tribunal a um petista - antes, o ex-deputado federal Nelson Pelegrino e a ex-primeira-dama Aline Peixoto foram nomeados. Nesse cenário, o voto secreto para o TCM torna o desfecho imprevisível.

Nem vem que não tem

Principais caciques do MDB na Bahia, os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima reafirmaram ao comando petista que o partido não abrirá mão da candidatura de Lúcia Rocha a prefeita de Vitória da Conquista para beneficiar o deputado federal Waldenor Cardoso, nome do PT na disputa pelo terceiro maior colégio eleitoral do estado. Ambos argumentam que a sucessão em Conquista nunca foi condição para a escolha do vice-governador Geraldo Júnior como candidato da base aliada em Salvador e que Lúcia, vereadora campeã de votos em 2020 e grande força do MDB na cidade, aparece bem à frente de Cardoso nas pesquisas de consumo interno encomendadas pelas siglas do arco governista.

Sem conversa

O deputado estadual Pablo Roberto, pré-candidato do PSDB à prefeitura de Feira de Santana, garantiu ontem à coluna que jamais dialogou com o ex-prefeito José Ronaldo (União Brasil) sobre uma eventual aliança para 2024 e descartou qualquer hipótese de negociação entre os dois no primeiro turno. "Ele segue o caminho dele, e eu sigo o meu. Vamos ver no que dá. Se houver segundo turno, é outra história. Até lá, nada feito", disparou o tucano.

Stand by

Às vésperas do fim do prazo de 15 dias previsto na legislação, Jerônimo Rodrigues ainda não havia nomeado o promotor de justiça Pedro Maia para o posto de chefe do Ministério Público da Bahia (MP). Em declarações concedidas ontem à imprensa, o governador alimentou dúvidas sobre o futuro de Maia, eleito pelos membros do MP com 98% dos votos, ao afirmar que precisaria consultar os assessores jurídicos para decidir.

Das duas, uma

Por lei, o governador tem 15 dias, contados a partir da eleição do MP, para oficializar a nomeação. Após o prazo, o vencedor nas urnas, é automaticamente conduzido ao cargo de procurador-geral de Justiça, mesmo se ele tiver sido candidato único, caso de Pedro Maia.

"Ela tem mostrado um desempenho excelente tanto no cargo para o qual foi eleita quanto na Secretaria Municipal de Saúde. Pessoalmente, acho a melhor alternativa"

Alan Sanches
Deputado do União Brasil e líder da oposição na Assembleia, ao defender a repetição da dobradinha do prefeito Bruno Reis com a atual vice, Ana Paula Matos (PDT), para 2024