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Hugo Brito
Publicado em 13 de novembro de 2014 às 03:36
- Atualizado há 3 anos
Depois das bombas controladas pelos pilotos que podiam operá-las a qualquer distância usando sensores e câmeras, as chamadas armas inteligentes evoluem cada vez mais para precisar dos seres humanos cada vez menos. Chamadas agora de armas autônomas, esses mísseis não precisam mais da ajuda do homem para decidir qual o alvo a ser atingido, usando inteligência artificial para distinguir, por exemplo, um tanque de guerra de um ônibus escolar. Uma arma que já faz isso é o míssil fire and forget – atire e esqueça – desenvolvido na Inglaterra que pode, inclusive, comunicar-se com outros de mesmo modelo e “combinar” com os “companheiros” quem ataca que alvo ou se devem atacar juntos. >
Os especialistas temem que esse tipo de arma, defendida pelos criadores como imune ao erro humano e por isso mais eficiente no sentido de evitar a morte de inocentes, possa vir a se transformar em um risco justamente pelo fato de que, uma vez lançada, ela não é mais controlável por humanos, tomando decisões próprias de acordo com a missão programada. Quem tem computador em casa e já experimentou clicar em uma coisa e ver a máquina, magicamente, fazer outra, entende bem como essa preocupação tem fundamento. Noruega e Israel são outros dois países que já desenvolveram esse tipo de arma, também chamada de Robô da Morte.Proteção de redes sem fioA empresa americana Anchorfree chega ao Brasil com o seu Hotspot Shield. O programa protege contra ataques em redes sem fio. Segundo o fabricante, mais de 3,5 milhões de ataques já foram evitados pelo sistema, desde 2005. Ao se conectar a uma rede sem fio, qualquer um de nós fica vulnerável a hackers, mesmo com o uso de antivírus. O Brasil é, segundo pesquisa da empresa americana de análise de internet RCA EMC2, o quarto país que mais sofre ataques de hackers no mundo, atrás apenas do Reino Unido, Estados Unidos e Canadá. O sistema usado pelo Hotspot Shield direciona a navegação para uma rede privada e protegida – VPN - que evita invasões. Mais de 300 milhões de downloads do aplicativo já foram realizados em 190 países. Ele é gratuito e, por isso, tem o inconveniente de trazer, de tempos em tempos, páginas de propagandas, mas essa interferência pode ser facilmente fechada, dando, então, continuidade à navegação.Internet livre ameaçada nos EUAO presidente Obama defende um sistema de internet semelhante ao que o marco civil da rede desenha para o Brasil, e essa posição da Casa Branca colocou em polvorosa os mercados de telefonia e TV a cabo dos Estados Unidos. No nosso sistema não é permitida a cobrança e o oferecimento de velocidade diferenciada para quem pagar mais ou acessar através de um determinado provedor ou operadora. Por exemplo, dois clientes que compram pacotes de 10 megabits em duas operadoras diferentes e querem ter acesso a um determinado serviço de vídeo sob demanda têm que acessar sem existir qualquer tratamento prioritário. Na internet americana, defendida pelas operadoras de telefonia e de cabo, esse controle não existe e nem deve vir a existir. >
Caso fique tudo como está, vai ser possível que, havendo um acordo operacional e uma cobrança adicional proveniente dele, o usuário que acessar por uma determinada operadora tenha privilégio, recebendo o conteúdo mais rápido que o que escolher uma empresa que não possua acordo com o provedor de conteúdo. Os defensores dessa internet mais livre alegam que, sem a garantia de um lucro maior para oferecer acessos diferenciados, os investimentos se tornam muito mais pesados, pois teriam que ser feitos para atender a todos os usuários e isso tornaria mais lento o desenvolvimento tecnológico. Permitir um acesso mais, digamos, justo é a bandeira dos defensores de uma internet com regras mais amarradas. Pelas características dos Estados Unidos, o sistema mais livre deve ser o escolhido, o que vai nos permitir, em breve, ver quem estava certo. Eles ou Brasil.>