Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.
Vanessa Brunt
Publicado em 16 de outubro de 2019 às 14:01
- Atualizado há um ano
Turismo, arte, cultura e dicas de comportamento se misturam nas listas nada óbvias desta nossa coluna de todas as quartas-feiras – e hoje vamos viajar mais uma vez. Para os apaixonados por arquitetura e temperaturas mais baixas ou amenas, desta vez vamos para cantos do Brasil que conseguem nos levar para culturas de outros países ou a uma boa viagem no tempo, causando a sensação de estarmos em uma ida internacional.
Locais que parecem vilas encantadas, com um bom ar de fazenda e universo vintage, e que podem servir como boas fugas para quem não quer o calor do verão entram na lista. Vamos desde cantos do país para visitar com facilidade e poucos custos – e em um único dia, saindo de capitais – até aqueles que servem para que o turista se hospede e mergulhe por dias nas belezas do local.
Holanda, Alemanha e Suíça são alguns dos países que ganham suas arquiteturas e costumes nesses cantos do Brasil. Castelos, charretes e construções antigas e bem conservadas, como as do século XlX, se misturam em outros dos destinos indicados. Seja para quem quer espaços mais badalados, com diversos eventos anuais, ou para quem deseja algo mais tranquilo, as dicas ficam para todos os gostos. Faça as malas para os contos de fadas:
1. Serra da Cantareira | Perto de São Paulo (capital)
A Serra da Cantareira fica localizada ao norte da cidade de São Paulo, em Mariporã, e deixa a sensação de que você saiu do país. Tudo ali está no alto das montanhas, então a temperatura é sempre mais baixa do que a da capital. Ideal para quem quer se aproximar da natureza ou de um canto que parece uma vila mágica, o lugar reúne o combo do friozinho com mil motivos para não ficar parado.
Em geral, o percurso para quem vai da maior capital do Brasil para a Serra pode chegar a 1h de duração. Com construções que parecem chalés e muitas flores de diferentes espécies, são várias as opções de restaurantes, lojinhas, cafeterias e muito mais. O destino é daquele tipo romântico e apaixonante também para curtir sozinho(a) e refletir.
Os espaços costumam ter varandas confortáveis e bem decoradas, além de terraços, sempre seguindo o estilo que mescla o vintage e o retrô em todos os cantos. Da maior parte das áreas abertas é possível ter vistas incríveis, como a própria SP e mais altas montanhas próximas. A Serra da Cantareira fica localizada ao norte da cidade de São Paulo, em Mariporã (foto/Vanessa Brunt/divulgação) ➨ O que visitar: uma das cafeterias conhecidas é a Jacques Café, que oferece tortas e opções para quem quer curtir em uma boa varanda contemplando a Serra. O restaurante português Ora Pois, um dos primeiros que aparecem na entrada da Serra, é outro com vistas lindas e flores para todos os lados. Uma dica é curtir muito a parte externa do local e depois fazer o pedido na parte mais alta dele, apreciando tudo pelas janelas.
A loja Balaio de Gato fica próxima de uma área que imita a Plataforma 9 3/4 (de Harry Potter). Ela é outra boa pedida por ser repleta de artigos de decorações e utilitários criativos, com frases, ilustrações e afins. O lugar vai de copos por R$ 4 até relógios de parede de R$ 900.
Não deixe também de passar no Complexo d'O Velhão, que é preenchido por diversos bares, restaurantes, antiquários e sebos. O espaço é, ainda, repleto de peças de demolição formando artes e de construções antigas.
➨ Como chegar: de carro, saindo da cidade de São Paulo.➨ Preço: gratuito. Gastos livres no local.➨ Preciso me hospedar? Não. A ideia é fazer um passeio de baixo custo e que tem a volta no mesmo dia.
2. Colônias Holandesas do Paraná | Perto de Curitiba
Saindo de Curitiba, é possível ir com uma empresa para o passeio que inclui o Parque Estadual de Vila Velha e as colônias holandesas. Durante o roteiro, é possível fazer uma imersão interessante na história Brasil e Holanda nas áreas que trazem construções e formas de vida holandesas. O ponto negativo é que, para quem quiser ir com empresa, o custo é alto (veja no serviço abaixo).
A Colônia Castrolanda foi a nova casa dos imigrantes holandeses e é uma das paradas. Após, o destino é Castrolanda, uma colônia fundada em 1951. É lá onde está o moinho, que é um dos maiores fora da Holanda (com 37 metros) e faz parte do Memorial da Imigração, o qual pode ser visitado de sexta à domingo e conta com cafeteria interna. A região das Colônias Holandesas tem um ar de Europa (fotos/Tripadvisor e prefeitura municipal/divulgação) Ao chegar em Carambeí, no Parque Histórico, é possível conhecer o maior museu a céu aberto do Brasil, com uma área de 100 mil m². Em meio a belos jardins, construções das décadas de 30 a 50 foram reproduzidas. Além do ambiente, que leva a todos para a época da imigração, outra boa parada é o Frederica’s Koffiehuis. Para quem é louco por doces, o espaço aconchegante conta com música ao vivo e tortas holandesas.
Com paisagem elogiada e repleta de escarpas rochosas e campos, o parque disponibiliza três atrações principais. Uma delas é focada nos Arenitos, que são formações rochosas que apresentam formas variadas, como: taça, camelo, navio, índio e garrafa. As Furnas formam mais uma opção. Elas se caracterizam por grandes crateras com vegetação exuberante e água no seu interior (lençol subterrâneo). Por fim, há a Lagoa Dourada, que possui este nome porque ao pôr do sol suas águas ficam douradas. ➨ Como chegar: com uma empresa de turismo (como a indicada no texto) saindo de Curitiba. Sai 7h da manhã e volta 19h da noite. ➨ Preço: R$ 960 por pessoa + gastos livres no local (almoço não incluso no passeio). Entradas nos locais inclusas. ➨ Preciso me hospedar? Não. Volta no mesmo dia.
3. Triunfo | Em Pernambuco
Triunfo é a cidade mais alta do estado de Pernambuco e tem um clima ameno que faz contraste com as cidades vizinhas, as quais possuem clima semiárido. A cidade nordestina preserva construções do século 19 tão bem conservadas que parecem ter sido feitas agora. O destino é recheado de grutas e mirantes e chega a ser chamado de Oásis do Sertão.
Entre as boas pedidas para conhecer na região está o lago João Barbosa Sitônio, localizado em frente ao Cine Teatro, onde é possível fazer o passeio de pedalinhos. O passeio, que custa R$ 10 por hora, oferece aos visitantes uma vista panorâmica da cidade. Triunfo é a cidade mais alta de Pernambuco (fotos/Tripadvisor e prefeitura municipal/divulgação) Outra dica é visitar a Casa Grande das Almas, um sítio que já serviu de esconderijo para Lampião. Aberto para visitas com custo de R$ 5, é possível caminhar pelos jardins e mausoléu da família, além de poder ver um castelo inacabado.
Entre os passeios mais destacados estão, ainda, o Bico do Papagaio, o ponto mais alto de Pernambuco (1.260m) e que conta com a Cachoeira dos Pingas; o Teatro Guarany (com entrada gratuita e onde passam longas e curtas-metragens); e o Museu do Cangaço.
Para quem quer passear em Pernambuco fazendo um circuito do frio, uma boa é ir de Triunfo para Gravatá e Garanhuns, dois outros belíssimos locais que deixam clima histórico e lembrem um pouco a beleza de Gramado.
➨ Como chegar: de Recife para Triunfo são 405 quilômetros de distância, o que é uma viagem e tanto. Mas não há tanta dificuldade no percurso, já que a maioria dele é feito pela BR – 232. Existem também ônibus (7h de viagem) partindo do Terminal Integrado de Passageiros do Recife. Uma empresa, a Viação Progresso, faz o trajeto com uma linha por dia: com ida e volta sai por R$ 180.➨ Preço: gastos com ida e volta + hospedagem + gastos livres no local➨ Preciso me hospedar? O ideal é se hospedar e os preços variam de R$ 150 a R$ 300. Veja algumas opções.
4. Pomerode | Em Santa Catarina
A pequena Pomerode é uma cidade com fartas opções, mas tem cara de vilarejo. Sua população estimada em 2019 é de 33.447 habitantes, conforme dados do IBGE. O destino mantém sua tradição germânica há anos e encanta pela arquitetura, pela saborosa gastronomia alemã e pela agitada Festa Pomerana, que celebra anualmente a cultura da Alemanha através de trajes, comidas, bebidas e música.
Conhecida como a cidade mais alemã do Brasil, Pomerode tem o maior acervo de construções enxaimel fora da Alemanha e preserva ainda traços da cultura trazida pelos colonizadores, como os que vieram da Pomerânia. Outra festa que acontece por lá é a Osterfest: maior festa de páscoa do país, onde foi montada a Osterbaum, maior árvore de páscoa do mundo. Pomerode é a cidade mais alemã do Brasil (foto/Tripadvisor/divulgação) O passeio de charrete entre ruas é um dos principais atrativos da cidade, que conta também com zoológico. Algumas paradas de destaque ficam para o Portal Turístico, a visita à loja da fábrica Porcelanas Schmidt e o Museu Casa do Imigrante Carl Weege.
Para quem quer provar gostos diferentes, a Nugali Chocolates é outra boa indicação. Ela é uma das poucas marcas do Brasil que realmente fabrica seu próprio chocolate, trabalhando desde o cacau. Falando em gostos, a Cervejaria Artesanal de Pomerode é também famosa no local.
Outra dica é a Vila Encantada, uma parada bacana para quem está com crianças. O espaço é um parque educativo e foi o primeiro parque de dinossauros de Santa Catarina. O centrinho de Pomerode é outro charme à parte para caminhar e apreciar esculturas, vistas e confeitarias. É nele onde ficam a cervejaria, o zoo e outros pontos turísticos.
➨ Como chegar: o aeroporto mais próximo é o de Navegantes. Mas você pode voar também para Joinville, ou se for o caso, Florianópolis. Chegando neles, é possível pegar um ônibus para Blumenau e, de lá, para Pomerode. Não há linhas diretas para a cidade.➨ Preço: gastos com ida e volta + hospedagem + gastos livres no local ➨ Preciso me hospedar? O ideal é se hospedar e Pomedore conta com diversos hostels e pousadas, como é o caso da Pousada Harmonia que fica com diárias por R$ 200.
5. Maracás | Na Bahia
Maracás é um município brasileiro situado no estado da Bahia, na Mesorregião do Centro-Sul Baiano. O lugar é conhecido como a Suíça da Bahia ou a Cidade das Flores e já sediou o Festival de Inverno em 2016. Lá, o nome faz jus ao destino, já que o frio que chega a deixar o ambiente cinza ganha contraste com as cores das flores e árvores do espaço.
A arquitetura de Macarás, que fica no Vale do Jiquiriçá, a 90 km de Jequié, é formada por charmosas construções antigas e é uma boa pedida para quem quer curtir praças românticas em um lugar mais tranquilo e pacato. Com 24 mil habitantes e temperaturas mínimas de 11 graus, o lugar concretiza a forma como é chamado também por conta do mais amplo cultivo de flores da Bahia.
Os turistas podem visitar as estufas da produção que faz vendas até para o exterior. Uma das estufas tem área de 10 mil metros quadrados, onde 23 mil unidades esperam até atingir o tamanho ideal. Os preços das flores variam de R$ 3 a R$ 5. Maracás é a cidade das flores, na Bahia (foto/Prefeitura de Maracás/divulgação) Além das floriculturas e grandes praças, o local recebe alguns eventos anuais que englobam artistas baianos diversos da música: como é o caso do Festival das Flores. As Paróquia da Nossa Senhora das Graças também é outro ponto para quem quer visitar os movimentos da cidade. ➨ Como chegar: O acesso ao município é rodoviário. A viagem dura em torno de 7h saindo de Salvador. ➨ Preço: gastos com ida e volta + hospedagem + gastos livres no local ➨ Preciso me hospedar? O ideal é se hospedar e uma das pousadas mais conhecidas da região é Maria Bonita, que fica com diárias por R$ 178.