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Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2018 às 05:00
- Atualizado há um ano
Arena à beira-mar Antes de começar o batuque dessas linhas – que serão lidas não sei exatamente por quais caros leitores ou belas leitoras, em pleno 29 de dezembro -, fui dar uma conferida na situação geopolítica da praia de Jaguaribe.
Quando a maré vaza naquele perímetro que se estende até a curva do coqueiral de Piatã e o sol incide na inclinação exata - água translúcida no tornozelo, areia com bastante espaço lúdico-desportivo, caldo de cana gelado -, dá até pra afirmar, sem nenhum grau de hipérbole, que Aruba, Bahamas e afins têm que comer muito feijão pra chegar no quilo de uma mera Jaguaribe. Muito.
É nesse exato momento que ali cabe de tudo: dá pra nadar, brincar na redinha, levantar a bola na roda, armar o golzinho, jogar de colete no campão, correr na areia dura, cansar na areia fofa ou simplesmente jiboiar sob o sol.
É também nesse momento que lembro de um projeto sem pé nem cabeça ensaiado pela prefeitura há alguns anos, que visava estabelecer que, em determinada praia, só se poderia praticar o esporte X ou Y.
A coisa era tão malfeita que queriam tirar de algumas praias modalidades que já fazem parte da rotina daquelas regiões – e deslocá-las pra outros pontos da orla onde a prática nunca ocorreu. Típico projeto feito por alguém dentro de um gabinete, que nunca se deu ao trabalho de sair pra ver a cidade antes de propor algo.
Pra nossa sorte, aquela maluquice não foi pra frente. Mais sorte ainda só quando a maré baixa em Jaguaribe o sol bate na água de trivela, daquele jeito.
Piscina à beira-mar O novo complexo aquático de Salvador foi inaugurado na orla da Pituba, com uma piscina olímpica e outra semiolímpica. Ponto pra prefeitura, que conseguiu trazer pra cá o equipamento utilizado nos Jogos Olímpicos do Rio.
Até pouco tempo atrás, cansei de escrever aqui que era uma vergonha a capital baiana, reconhecida formadora de grandes nadadores, não contar com uma piscina olímpica sequer. Agora, felizmente, temos duas: essa nova e a da Bonocô, administrada pela Sudesb.
Vamos torcer para que as duas sejam efetivamente utilizadas como espaços de formação, dando oportunidade para crianças e jovens acharem um caminho no esporte, com ou sem alto rendimento – isso deve ser sempre reflexo de um trabalho de base, não a meta principal.
E que nossa cidade receba também bons eventos de desportos aquáticos, porque esporte (assim como cultura) é ótimo pra movimentar o turismo e a economia – só quem tem visão estreita não se dá conta disso.
Caminhos opostos Pra não terminar o ano sem falar do que mais se fala o ano todo, deixo aqui um pedido de caminhos opostos para Bahia e Vitória: o tricolor deve seguir sua trilha de reestruturação, dentro e fora de campo. Os resultados virão gradualmente.
O rubro-negro, por sua vez, precisa abandonar rápido sua trilha de autodestruição, dentro e (especialmente) fora de campo. Só isso pode mudar os resultados.
Victor Uchôa é jornalista e escreve aos sábados