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Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2020 às 08:54
- Atualizado há 2 anos
Não haverá carnaval dos blocos de rua do Rio de Janeiro em 2021. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (28), em reunião virtual da qual participaram o presidente da Riotur, Fabrício Villa Flor, infectologistas e representantes dos blocos de carnaval de rua e da área de segurança pública.>
“O acontecimento do carnaval está diretamente ligado à chegada da vacina. Sem vacina não é possível termos carnaval de rua, nem mesmo os desfiles das escolas de samba, como a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) já havia anunciado no mês passado”, disse Villa Flor.>
A live ainda a participação da presidente da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade (Sebastiana), Rita Fernandes; da médica infectologista Marília Santini, da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz); do professor de epidemiologia Roberto Medronho, da Faculdade de Medicina da UFRJ; e da promotora de Justiça Andrea Amin, coordenadora do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaesp).>
Todos concordaram que são inviáveis os desfiles de rua antes de haver vacinação segura contra a covid-19. “Sem vacina, não é possível termos o carnaval nos moldes tradicionais, como conhecemos há décadas. Como não ouvir especialistas? Como não ouvir os que participam de toda a engrenagem dos blocos de rua? A posição dos blocos foi muito responsável, e eu os parabenizo por isso”, disse Villa Flor.>
O presidente da Riotur lembrou que a pandemia não acabou. “Ainda estamos em meio à pandemia da covid-19. Portanto, nossa posição é: sem vacina, não é possível fazermos uma previsão para a realização do Carnaval Rio 2021. Chegando a vacina, conseguiremos fazer o planejamento e falar em datas”, acrescentou.>
Segundo a presidente da Sebastiana, Rita Fernandes, pela avaliação dos especialistas em saúde, até julho do ano que vem, não haverá possibilidade de imunização de toda a população do Rio. “Se liberar o público no segundo semestre, a gente não pode fazer a festa. Fica muito em cima e, do ponto de vista da regulamentação, legalização, para nós, no segundo semestre é inviável.”>
Rita Fernandes informou que a Sebastiana vai procurar outras alternativas, como lives, shows transmitidos por redes sociais, eventos fechados. "Coisas assim, que a gente possa ter controle.”>
Réveillon A Riotur anunciou que a empresa SRCOM será a responsável pelo Réveillon Rio 2021. Pela primeira vez, o evento será pago integralmente pela iniciativa privada, sem verba da prefeitura do Rio. A SRCOM apresentou seu projeto à Riotur na terça-feira (27), como determinavam as regras do Caderno de Encargos e Contrapartidas da empresa de turismo.>
Em nota, a Riotur diz que a proposta apresentada pela SRCOM encaixa-se perfeitamente no novo modelo de réveillon que a prefeitura do Rio planejou para a festa da virada deste ano, em meio à pandemia da covid-19.>
“As boas-vindas ao ano de 2021 acontecerão em um formato diferente do tradicional conhecido por cariocas e turistas. No Réveillon Rio 2021 teremos seis palcos espalhados em pontos turísticos emblemáticos da cidade do Rio de Janeiro, porém, sem presença de público, com todas as áreas isoladas. O público poderá acompanhar os shows pela televisão, por um canal aberto, e pelas plataformas digitais, por meio do canal oficial da Riotur no Youtube”, explica nota.>
Além dos shows, a festa do réveillon apresentará luzes e efeitos visuais inéditos no Brasil, além de uma "surpresa emocionante", que só será conhecida na noite da virada e todos poderão ver de suas casas, pela televisão e pela Internet, acrescenta a nota. “Este novo modelo vai criar uma atmosfera de respeito, com homenagens às vítimas da covid-19 e também aos profissionais que estão na linha de frente do combate à pandemia. Além disso, a celebração inclui, pela primeira vez, uma integração entre diversos pontos de referência turística do estado do Rio no réveillon carioca.”>