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São Paulo ameaça exportar vacinas caso governo federal não compre doses

Governo federal respondeu em nota classificando ameaça como "ato midiático"

  • D
  • Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2021 às 10:27

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Divulgação

O governo de São Paulo se posicionou nesta quarta-feira (28) afirmando que irá exportar doses extras da Coronavac caso o governo federal não manifeste interesse pela compra das vacinas.

"O Butantan tem compromisso com outros países e, se o Brasil declinar desses 54 milhões, vamos priorizar os demais países com quem temos acordo. Nosso contrato com o Ministério da Saúde é de 46 milhões de doses, não temos contrato adicional.", afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

O governador do estado, João Dória, complementou a fala de Covas, afirmando que é inacreditável que o Ministério da Saúde "não está agindo" diante de uma pandemia. "Não serão com 2 milhões de vacinas da AstraZeneca que vamos imunizar os brasileiros. Nós precisamos de mais vacinas", afirmou o político tucano.

Resposta Em nota assinada pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) e o Ministério da Saúde, o governo federal diz que "o ato midiático" do governo de São Paulo "promove a desinformação, a divisão e a politização da saúde pública do povo brasileiro". 

O documento destaca ainda que as afirmações do governo Doria e do Butantan "são improcedentes, incoerentes, desconectadas da realidade e desprovidas de qualquer amparo legal". A nota foi distribuída à imprensa no final da noite de ontem.

O ministério alega que está dentro do prazo contratual para se manifestar sobre a compra do lote extra e diz que o contrato estabelece que o pedido de mais doses poderia ser feito até o mês de maio. O Butantan não contesta as informações, mas afirma que "enviou ofício (ao Ministério) para que possa planejar logisticamente a sua produção com a devida antecedência".

A pasta de Pazuello confirma na nota que recebeu o ofício, que tem, segundo o ministério, somente a solicitação para que a União avalie a possibilidade de antecipar sua manifestação sobre a opção de compra das doses adicionais. "O contratante Ministério da Saúde informa que irá analisar essa solicitação encaminhada pela Contratada Fundação Butantan, o que ainda está dentro do prazo legal previsto no contrato", cita a nota. Por fim, o documento do Planalto diz que "o governo federal está empenhado, junto com os demais governadores, em combater a covid-19, garantindo a vacinação a todo brasileiro".

Contrato O contrato do Butantan com o ministério prevê que a instituição paulista forneceria 46 milhões de doses da vacina ao Sistema Único de Saúde (SUS), que as repassaria a todos as unidades da Federação. Esse repasse ocorreria de forma escalonada entre janeiro e abril.

Após esse período, não há garantia de novos repasses. Essas 54 milhões de doses, portanto, seriam de um segundo lote de produção da vacina pelo Butantan, fabricadas a partir de insumos importados da China.