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Último triunfo tricolor foi em 1985, ano em que o time paranaense foi campeão brasileiro
Bruno Queiroz
Publicado em 30 de setembro de 2017 às 05:09
- Atualizado há um ano
É um desafio para qualquer torcedor tricolor lembrar da última vez que o Bahia venceu o Coritiba. Se forem levados em consideração somente os jogos pelo Campeonato Brasileiro da Série A, fica mais difícil ainda. Neste sábado (30) às 16h, na Fonte Nova, haverá uma nova chance para quebrar esse tabu que já dura 32 anos.
Em 1985, o Coxa conquistava o seu único título nacional. Das 10 derrotas que sofreu na campanha, duas foram justamente para o tricolor, ambas por 2x1. A primeira na Fonte Nova e a segunda no Couto Pereira, em Curitiba, no returno da primeira fase. O Bahia, comandado por Paulinho de Almeida, tinha Emo como um dos principais jogadores.
O ex-meia do Esquadrão lembra bem do triunfo na capital paranaense. “No Couto Pereira nós demos 2x1, o primeiro gol eu dei a Leandro e no segundo eu sofri o pênalti que Celso bateu e furou até a rede”, conta Emo, em contato com o CORREIO por telefone.
Segundo ele, sempre foi difícil encarar o Coritiba, mas, naquele ano em especial, a lamentação maior é por não ter conquistado o título. “Difícil sempre foi, mas, na época da gente, nós ganhamos as duas. Ganhamos deles, que foram campeões brasileiros. Tínhamos uma campanha boa, mas depois teve parada para a Seleção, ficamos mais de um mês parados. Se continuássemos normal como estavámos, seríamos campeões”, afirma.
Na época, houve uma pausa no dia 28 de abril na competição, que só retornou no dia 3 de julho, por causa das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1986. Houve jogos seguidos entre as seleções nos meses de maio e junho. O Brasil, por exemplo, fez quatro partidas neste período. Desde o último triunfo em 1985, se passaram 19 jogos entre Bahia e Coritiba, com 12 vitórias para o Coxa e sete empates. É o maior tabu do tricolor considerando todos os times da atual Série A. Em 1999, as equipes estiveram frente a frente pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Foi o último triunfo do Bahia no confronto, considerando todas as competições. O time comandado por Joel Santana venceu por 3x0 no jogo de ida, em Salvador, e houve empate por 1x1 na volta, em Curitiba.
“Eu lembro algumas coisas, estava chovendo um pouco e a gente foi para cima deles para matar mesmo, tive a felicidade de fazer um gol com a perna esquerda, num bate-rebate”, relembrou Uéslei Pitbull, autor de um dos gols nos 3x0 da Fonte Nova. Dimba e Lima Sergipano completaram. O Bahia foi eliminado na fase seguinte, nos pênaltis, para o Juventude, que seria campeão.
Formado nas divisões de base do Coritiba, o meia Zé Rafael não se intimida com os números desfavoráveis ao tricolor. “Isso é só estatística. Tem que sempre estar quebrando essas marcas, principalmente por estar desse lado. Acho que estava presente em 2014, quando o Bahia perdeu (por 3x2, no Couto Pereira, pela última rodada da Série A). Agora, do lado de cá, nossa equipe tem totais condições de acabar com esse tabu”, acredita.
Zé lembrou que teve poucas oportunidades no clube de origem e admitiu guardar mágoa do Coxa. Motivação extra para, quem sabe, “ativar” a lei do ex. “Todo mundo sabe que fica um pouco de mágoa. Estou tranquilo, focado desde o início do ano no Bahia, que tem me dado oportunidade. Vou ficar muito feliz se a gente vencer e sair dessa zona perigosa”, afirmou. No primeiro turno, no Couto Pereira, o jogo terminou empatado em 0x0.