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Contratada em meio à pandemia, Verena projeta futuro tricolor

Atacante do Bahia revela o motivo de ter retornado do futebol europeu

  • Foto do(a) author(a) Gabriel Rodrigues
  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 12 de maio de 2020 às 05:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Divulgação/ EC Bahia

A pandemia do novo coronavírus paralisou as atividades no Bahia e impediu a estreia de uma atleta acostumada a brocar as redes adversárias. Se você está pensando nos gols de Gilberto ou Fernandão, pode parar por aí. A centroavante em questão atende pelo nome de Verena. 

A jogadora de 24 anos foi anunciada pelo tricolor em março, antes da suspensão do calendário, para reforçar a equipe na disputa da Série A2 do Campeonato Brasileiro. E a chegada ao Bahia é uma espécie de volta para casa. 

Nascida e criada em Salvador, Verena é torcedora declarada do Esquadrão e deu os primeiros passos no futebol justamente com a camisa azul, vermelha e branca. “Tinha acabado de concluir o ensino médio e meu pai me levou para fazer um teste no Bahia, passei e a partir dali eu não parei mais. Depois do Bahia fui jogar no Lusaca e depois fui para o Vitória”, conta ela em entrevista ao CORREIO.

“Sempre fui torcedora do Bahia, meus pais são torcedores também. Quando era criança, fui pouco ao estádio, mas quando adolescente, eu passei a ir mais”, continua.

Quis o destino, no entanto, que Verena ganhasse destaque defendendo as cores do rival Vitória. Pelo Leão, ela marcou oito gols em 12 jogos na primeira divisão do Brasileirão de 2019. O bom desempenho chamou atenção do futebol europeu e ela rumou para o Valadares, de Portugal, onde balançou as redes cinco vezes em nove partidas na liga nacional feminina.

A atacante conta que aproveitou ao máximo a sua primeira experiência fora do Brasil, mas diz que a saudade de casa apertou e o projeto apresentado pelo Bahia a convenceu a retornar. “Foi uma experiência única, pois sonhava em jogar na Europa e eu consegui realizar. Foi um desafio, lidar com a saudade, o clima e a distância, mas logo me adaptei, foi, sem dúvidas, muito importante para minha carreira”. “Decidi voltar ao Brasil primeiro pela minha família, pois estava com saudade. Segundo, o projeto do Bahia é muito interessante, sem falar da vontade de voltar a vestir o manto e representar o tricolor novamente!”, explica Verena.Por conta do surto de coronavírus, Verena viu a sua rotina ser alterada. Com o calendário do futebol suspenso, ela aguarda a retomada do esporte para estrear pelo tricolor. Enquanto isso, segue mantendo a preparação. 

“Estou treinando em casa, com a ajuda do preparador físico do Bahia, Ítalo Trinchão, e da professora da Semeare Treinamento Funcional, Bianca Santana. Estou tentando manter meu condicionamento físico da melhor forma possível e, é claro, conto com o incentivo da família para não desanimar e manter os treinos”.  

Para ela, apesar da crise, o futebol feminino vai continuar ganhando espaço nos próximos anos, principalmente no cenário brasileiro. “Acredito que vamos continuar na mesma vontade de antes, buscando sempre o nosso espaço. Estamos em uma evolução muito boa, tendo mais visibilidade e reconhecimento”.

Parceria de sucesso  No Bahia, Verena vai ter a chance de reeditar uma parceria que deu certo no Vitória, já que reencontrou no tricolor a atacante Gadu, uma das artilheiras do Brasileirão, com três gols. Juntas, elas conquistaram o acesso à elite do futebol brasileiro em 2018 e agora esperam repetir o feito pelo Esquadrão. 

“Acredito que sim (parceria com Gadu), nós sempre nos ajudamos dentro de campo, com certeza, essa parceria tem tudo pra dar certo! Treinar, entrosar e deixar nas mãos do professor”, projeta ela, que sonha ainda em manter o bom nível para ser lembrada pela técnica da seleção brasileira feminina, a sueca Pia Sundhage.

“O sonho da convocação existe, sempre vou dar o meu melhor pra merecer vestir a amarelinha. Acho que ainda preciso melhorar mais e estou buscando isso”, garante Verena, animada.