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Gabriel Rodrigues
Publicado em 2 de julho de 2021 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
O início do Bahia no Campeonato Brasileiro pode ser considerado positivo. Com 11 pontos em oito jogos disputados, o tricolor tem brigado para se manter na parte de cima da tabela. Atualmente, é o nono colocado. Alívio para o time que, no ano passado, lutou nas últimas colocações e só livrou o risco do rebaixamento nas rodadas finais.>
Apesar do maior equilíbrio na comparação com a temporada passada, tem um setor que acendeu o alerta na Cidade Tricolor: o sistema defensivo. Na derrota por 4x3 para o América-MG, na última quarta-feira (30), o Esquadrão sofreu quatro gols em casa pela segunda vez na temporada. Antes, o time tinha levado 4x2 para o Torque City, pela Copa Sul-Americana.>
No Brasileirão, a quantidade de gols tomados tem chamado a atenção. O Bahia tem a segunda pior defesa do campeonato, com 13 gols sofridos em oito jogos. Uma média de 1,6 gols por rodada. Só fica na frente da Chapecoense, que levou 15.>
Por isso, há o temor de que o clube repita a fase ruim de 2020, quando terminou como a terceira defesa mais vazada entre os 20 clubes da Série A, com 59 gols sofridos.>
“Número expressivo o fato dos gols tomados. Quantitativo alto. Meu hábito é sempre isolar número com relação à forma que estamos tomando os gols. Nos preocupa. Importante entender como os gols aconteceram”, alertou o técnico Dado Cavalcanti.>
Peça fundamental>
Observando os números, é possível dizer que o desempenho da defesa passa diretamente pela presença do zagueiro Conti na equipe. Desde que estreou pelo Bahia, o argentino disputou 20 jogos. Nesse período, a equipe foi vazada pelos adversários 18 vezes, o que representa média de 0,9 gols por partida.>
Já nos confrontos em que não pôde contar com Conti, o Bahia viu a sua média de gols sofridos dobrar. Levou oito gols em apenas quatro partidas. Considerando que o tento tomado na vitória por 2x1 sobre o Athletico-PR saiu quando Conti já havia sido substituído, foram nove gols em cinco partidas. Ou seja, 1,8 gol por jogo.>
Para se ter uma ideia, dos 13 gols que o Esquadrão sofreu na Série A, nove foram durante a ausência do argentino. Para desespero dos tricolores, Conti ainda vai demorar um pouco mais para voltar aos gramados. Ele sofreu um estiramento na coxa e está em tratamento. Como já havia sofrido a mesma lesão no Benfica, a recuperação será um pouco mais cuidadosa. O prazo para o retorno é de duas semanas.>
Até lá, Dado Cavalcanti vai quebrar a cabeça para escolher o parceiro de Juninho. Luiz Otávio, que iniciou o ano como titular, vinha sendo a primeira opção do treinador entre os reservas, mas as constantes falhas fizeram com o treinador decidisse mudar.>
Diante do América, Lucas Fonseca foi o escolhido, mas deixou a desejar. Sem ritmo de jogo, o defensor falhou de forma direta em um dos gols do Coelho e comprometeu a atuação do sistema defensivo.>
“O time toma gols, não a zaga. Assim como o Bahia faz gols, sofre gols. A ideia era fazer construção com passes curtos. São características bem diferentes de um jogador para outro. O Luiz tem passe longo, Lucas tem passe curto, entre linhas que poderia contribuir um pouco mais”, explicou Dado sobre ter escalado Lucas Fonseca.>
Contra a Chapecoense, domingo (3), às 11h, na Arena Condá, em Chapecó, a tendência é de que Luiz Otávio volte a ser titular. Disputam a posição ainda o recém-contratado Ligger e o garoto Gustavo Henrique, promovido do time de transição após a disputa do Campeonato Baiano. >