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Pedro Carreiro
Publicado em 30 de dezembro de 2025 às 16:25
Prestes a completar 18 anos, no dia 4 de janeiro, Rayssa Leal já ocupa um espaço reservado a poucos no esporte: o de lenda. Não apenas pelos títulos acumulados ou pela regularidade impressionante em um cenário extremamente competitivo, mas pelo impacto que causou no skate mundial antes mesmo de atingir a maioridade. A maranhense não é mais promessa, revelação ou fenômeno momentâneo, mas já faz parte da história da modalidade. >
Rayssa Leal celebrou formatura do Ensino Médio
Em menos de uma década competindo no mais alto nível, Rayssa redefiniu o que significa excelência no skate street feminino. Sua presença constante nos pódios, aliada a uma maturidade técnica incomum para a idade, transformou a “Fadinha” em referência global. Em qualquer campeonato que disputa, ela não entra apenas como favorita: entra como parâmetro. Atletas são comparadas a ela, notas são julgadas a partir do seu nível e finais passam, invariavelmente, por seu nome.>
10 sonhos que Rayssa Leal já realizou
O ano de 2025 foi simbólico nesse processo de consolidação. Rayssa dominou o circuito internacional, conquistando títulos relevantes em diferentes palcos e encerrando a temporada com o tetracampeonato do Super Crown, no Ginásio do Ibirapuera, um dos templos do skate mundial. O feito não foi isolado, mas parte de uma sequência que incluiu vitórias no STU Pro Tour e em etapas da Street League Skateboarding, reforçando sua soberania em diferentes formatos e contextos.>
Os números ajudam a dimensionar a grandeza, mas não a explicam por completo. São 27 títulos na carreira, dois campeonatos mundiais, dois X-Games e duas medalhas olímpicas antes dos 18 anos. Um currículo que muitos atletas históricos levaram décadas para construir — quando conseguiram. O futuro ainda reserva desafios e novos objetivos, como o sonho do ouro olímpico em Los Angeles, em 2028>
Ao se aproximar da maioridade, Rayssa já ultrapassou o estágio de comparação com contemporâneas. Seu nome começa a ser colocado ao lado de figuras que moldaram o skate brasileiro, como Sandro Dias e Bob Burnquist, não por coincidência, mas por legado. Assim como eles, Rayssa não apenas venceu campeonatos: ela vem inflênciado muitos jovens, ampliou o alcance do esporte e ajudou a redefinir o que o skate representa no Brasil.>