Hora de focar no Baiano, o que restou ao Vitória nos próximos 30 dias

Na vice-lanterna do estadual, Leão se prepara para encarar o Vitória da Conquista

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  • Daniela Leone

Publicado em 27 de abril de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Letícia Martins/EC Vitória

O Campeonato Baiano reserva ao torcedor do Vitória a única esperança de comemorar título no primeiro semestre de 2021. Eliminado da Copa do Nordeste, o rubro-negro só começará a disputar a Série B do Brasileiro no final de maio, e as datas dos jogos contra o Internacional, pela terceira fase da Copa do Brasil, serão em junho - há seis fases antes da final, em outubro. O calendário atual, portanto, permite ao Leão focar todas as atenções no estadual.

O técnico Rodrigo Chagas mandará a campo força máxima diante do Vitória da Conquista, quarta-feira (28), às 19h30, no Barradão. A partida é válida pela 2ª rodada precisou ser adiada porque na ocasião, em fevereiro, a equipe do interior enfrentou surto de covid-19 no elenco.

A tendência é que o rubro-negro entre em campo com formação semelhante à que perdeu por 2x0 para o Ceará na semifinal da Copa do Nordeste, sábado, em Fortaleza. O volante Gabriel Bispo, que não jogou porque estava suspenso no regional, reforça o time.

Dessa vez, Rodrigo Chagas não precisará poupar jogadores, como fez em três partidas do estadual, nos empates com Bahia (0x0) e Bahia de Feira (1x1) e na derrota para o Doce Mel (1x0). Nos empates com Unirb (3x3) e Juazeirense (1x1), e no triunfo contra o Atlético de Alagoinhas (2x1), o único no campeonato, o Vitória entrou em campo com o time titular.  

O atual cenário da tabela de classificação do Baiano faz com que o Vitória não tenha tempo para lamentar a eliminação no torneio regional. É preciso direcionar toda a energia disponível para não ficar fora das semifinais do estadual, como ocorreu nas últimas duas edições do torneio. 

“É inadmissível o Vitória ficar fora de uma final do Baiano. Não é só de uma semifinal, não. (...) Nesses últimos anos, a gente não vem tendo sucesso e a gente tem mais que obrigação de ganhar os três jogos que temos dentro de casa. Primeiro, a gente vai ter que ser racional nesse momento e pensar na classificação. Consequentemente pensar na final. De qualquer forma, o Vitória tem obrigação moral e técnica de estar numa final de Campeonato Baiano todos os anos”, afirmou ontem o capitão Wallace. 

O Vitória amarga a vice-lanterna do Baiano, na 9ª posição, com sete pontos após seis jogos. Só tem campanha melhor do que o Fluminense de Feira. O Leão está a cinco pontos do Bahia, primeiro time dentro do G4 - os quatro primeiros colocados avançam à semifinal. 

“Saber lidar com pressão faz parte da vida do atleta. Alguns suportam mais, outros menos. Isso vai dizer muito sobre o nosso elenco, se ele vai saber lidar com pressão. E eu acredito que jogador de futebol ganha bem e tão bem para suportar pressão. Espero que todos estejam cientes dessa responsabilidade e se comprometam ao máximo para colocar o Vitória entre os quatro primeiros colocados do Baiano”, cobra o zagueiro e capitão. 

O contexto assusta, mas vale lembrar que o Leão tem dois jogos a menos. Além da partida contra o Vitória da Conquista, o jogo contra o Jacuipense, válido pela 4ª rodada, é outro atrasado porque a equipe de Riachão também passou por surto de covid-19 e será domingo.

Portanto, com nove pontos em disputa, o Vitória só depende dele mesmo para se garantir nas semifinais. Se vencer os três jogos que restam - os dois atrasados e o da última rodada da fase classificatória - chegará a 16 pontos e não poderá ser alcançado por Bahia de Feira e Bahia, que têm 12 pontos cada e ocupam a 3ª e 4ª posições.

“A gente tem que ser eficaz em vários setores e momentos dos jogos. Rodrigo tem feito bom trabalho, a equipe joga bem. A gente tem que entender como as coisas funcionam, porque no futebol tudo é muito dinâmico e as ideias mudam de quarta para domingo. É uma equipe jovem, está em processo de formação, de maturação e vai cometer algumas falhas, que às vezes a gente não espera, mas acontecem, e também traz outras coisas que a experiência não te dá. A gente tem que achar esse equilíbrio para que as coisas possam andar”, analisou Wallace.