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Portal Edicase
Publicado em 12 de maio de 2025 às 15:09
A Taxa Selic subiu de 14,25% para 14,75%, conforme decisão anunciada em 07 de maio, após dois dias de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Esta é a sexta elevação consecutiva da taxa básica de juros, principal instrumento utilizado para conter a inflação. Além de ser o maior patamar desde 2006, segundo analistas, a Selic pode ainda atingir 15% ao ano até dezembro. >
Para Renan Diego, consultor financeiro, o aumento expressivo da taxa deve alterar o comportamento de consumo dos brasileiros e impactar diretamente suas finanças pessoais. Por isso, confira as principais estratégias para evitar o endividamento durante o cenário desafiador: >
A organização das finanças é essencial para evitar o endividamento . “A educação financeira é fundamental, pois é por meio dela que aprendemos a organizar nossas economias, estruturar nossas finanças pessoais e, sobretudo, compreender a psicologia do dinheiro. Isso envolve desenvolver inteligência emocional para lidar com a situação financeira atual, já que, muitas vezes, uma dívida reflete a falta de planejamento e a incapacidade de honrar compromissos de forma organizada”, explica Renan Diego. >
Para Renan Diego, é fundamental criar financiamentos somente quando há chances de arcar com as parcelas, sem que haja o risco da falta de pagamento mesmo em momentos de emergência. A criação de uma reserva financeira é uma boa saída para quem está no processo de quitação de dívidas, já que, mesmo com um orçamento comprometido, é possível realizar o pagamento sem dores de cabeça. >
De acordo com o especialista em finanças pessoais , a dívida em diversos casos vem de um descontrole emocional. “Nas idas a lojas e ao shopping, é importante se perguntar: ‘eu realmente preciso desse item?’, ‘eu já tenho algo parecido em casa?’. Se as respostas fazem analisar que não há qualquer necessidade em comprar aquela peça, é uma saída para evitar uma nova despesa.” >
Segundo Renan Diego, muitos brasileiros recorrem ao crédito para cobrir despesas essenciais ou emergências do dia a dia, o que pode se tornar um risco quando os custos dessas linhas aumentam. Ainda de acordo com o especialista, há uma tendência de crescimento da inadimplência no país , impulsionada tanto pelo encarecimento dos empréstimos quanto pelo aumento da demanda por crédito. Por isso, ele recomenda, assim como no caso de financiamentos, utilizar o cheque especial somente quando há chances de arcar com as suas taxas e juros. >
Por Beatriz de Mello >