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Disputa em família: herdeiro da Casas Bahia pede que irmão seja condenado por litigância de má-fé

Filho caçula pediu antecipação da herança, mas irmão mais velho se manifestou contra na Justiça

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 13 de agosto de 2025 às 07:55

Saul Klein
Saul Klein Crédito: Reprodução

Responsável pelo inventário do pai, Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, Michael Klein afirmou à Justiça que o pedido de antecipação de herança feito pelo irmão, Saul, deve ser negado. Além disso, para Michael o caçula deveria ser condenado por litigância de má-fé, o que acontece quando o pedido feito é considerado abusivo. As informações foram divulgadas pela Folha de S. Paulo.

Como inventariante, Michael foi chamado para opinar sobre o pedido do irmão. Saul fez a solicitação de antecipação da herança em julho, na 4ª Vara Cível de São Caetano do Sul, em São Paulo. Ele alegou que precisava do dinheiro por conta de gastos médicos relacionados a uma cirurgia abdominal.

No pedido, os representantes de Saul alegam que ele precisa ter um amparo material para sua recuperação, considerando o quadro de saúde e a idade dele, de 71 anos, além dos custos altos com cirurgia, internação e remédios.

Michael Klein, por sua vez, apontou que o irmão está vendo o inventário como uma "caça ao tesouro". Para ele, a situação médica não passa de um "mero artifício" para o irmão acelerar o recebimento dos valores. Os advogados de Michael alegaram ainda que Saul tem plano de saúde e que seus gastos médicos foram pagos pelo administrador financeiro.

Um acordo anexado ao processo mostra que a empresa do administrador, Enzo Gorentzvaig, tem que pagar até R$ 100 mil por mês em despesas para Saul. Em contrapartida, a empresa deve receber 30% da parte de Saul na partilha da herança. Outras verbas podem levar o percentual a até 50%.

Para a Folha, Gorentzvaig alego que gasta mais que R$ 100 mil mensais com Saul e que banca o herdeiro há quatro anos. Ele afirma que há um descaso do irmão com o caçula.

Já Michael e a irmã Eva consideram que o contrato com essa empresa foi uma forma de Saul "vender" seus direitos na herança. Eles tentaram na Justiça ter acesso a detalhes do acordo.

Em meio a tudo isso, o Ministério Público de São Paulo pediu o encerramento de uma investigação sobre possíveis falsificações de assinaturas atribuídas a Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, falecido em 2014. No processo, Saul acusou Michael de ter falsificado assinaturas do pai para se beneficiar com uma fatia maior da herança.

Os herdeiros brigam há anos na justiça. Além de Michael, Eva e Saul, um quarto possível herdeiro, que tentava provar ser filho de Samuel, morreu em 2021.