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SUV 4x4 é montado sobre o chassis da Ranger. Confira avaliação em vídeo
Antônio Meira Jr.
Publicado em 3 de julho de 2024 às 14:00
Depois que deixou de comercializar veículos compactos e sedãs, a Ford se especializou em alguns segmentos no Brasil. Entre as picapes, tem três opções: Maverick, F-150 e Ranger. O Mustang é oferecido com motor V8 e ainda em uma variante elétrica, a Mach E. Ainda estão no portfólio a Transit, em várias configurações, e dois SUVs: Territory e Bronco Sport.
O próximo produto que pode estrear no mercado brasileiro é o Bronco, que está sendo lançado na Argentina - onde o experimentamos. Esse veículo é maior que o modelo que leva o sufixo Sport. Enquanto o Bronco Sport surgiu recentemente e utiliza uma carroceria monobloco, o outro é mais robusto, e tem sua estrutura formada por cabine sobre chassis, como acontece na Ranger, por exemplo.
A versão avaliada foi a Wildtrack, que tem um conjunto motriz parrudo: motor V6 de 2.7 litros biturbo a gasolina associado a uma transmissão automática de 10 velocidades e tração 4x4. Esse conjunto rende 334 cv de potência e 57,3 kgfm de torque.
O câmbio automático tem 10 velocidades e é o mesmo aplicado na Ranger e na F-150. Já a tração oferece um sistema inteligente que gerencia o modelo em diversos terrenos, podem operar nos modos 4×2, 4×4 automático, 4×4 High e 4×4 Low, por exemplo. A Ford batizou o sistema como G.O.A.T, que remete a Goes Over Any Terrain, ou “passa por qualquer terreno”, na tradução para o português.
Na avaliação proposta pela Ford, em uma pista off-road, o veículo mostrou que, na prática, reflete bem os números. O veículo transpôs com facilidade os obstáculos e proporciona muito conforto e segurança para quem se aventura com ele.
Apesar da aparência robusta, o Bronco é recheado de tecnologias. A tela de 12 polegadas da central multimídia mostra os detalhes de quatro câmeras, que formam uma visão 360 graus, e liga automaticamente a frontal quando o condutor ativa um dos modos off-road. O painel de instrumentos é parcialmente digital, onde uma tela LCD de oito polegadas facilita a visualização das informações.
CARROCERIA CONVERSÍVEL
Há mais de meio século, quando o Bronco surgiu, o termo SUV não estava no vocabulário de ninguém, então, quando lançado, foi rotulado como um MPV (Veículo Multiuso). Atualmente, as características de múltiplas utilidades estão em evidência e uma delas é a versatilidade da carroceria.
Existe a possibilidade de remoção das portas e do teto, de forma completa ou parcial. Isso permite ao proprietário ter um utilitário conversível, sem precisar modificar o modelo em definitivo.
O Bronco é tratado na Ford como um dos seus ícones, como acontece com a linha Mustang. Ele surgiu exatamente dois anos depois do carro esporte, em 1966, e está em sua sexta geração. Atualmente, seu principal rival é o Wrangler, oferecido pela Jeep no Brasil.
As pistas do preço são justamente pelo posicionamento do rival, pois ambos são produzidos nos Estados Unidos. A opção similar à Wildtrack do Bronco, é a Rubicon X, que utiliza um motor V6 aspirado (284 cv), como o aplicado na picape Jeep Gladiator vendida no Brasil. Nos EUA, a opção Rubicon X custa US$ 63.190, que equivale a R$ 349 mil. O Bronco Wildtrack custa lá a partir de US$ 58.775, que corresponde a R$ 325 mil.
No Brasil, o Wrangler com carroceria de quatro portas custa entre R$ 466.889 (Sahara) e R$ 481.834 (Rubicon). No entanto, essa opção é equipada com propulsor 2 litros turbo, que paga menos impostos para chegar ao Brasil. Dessa forma, o Bronco seria posicionado no país por, pelo menos, R$ 500 mil.
PARALELO COM O MUSTANG
Os projetos originais do Bronco e do Mustang são contemporâneos e suas equipes criativas foram as mesmas. Além disso, eles possuem simbologias similares, sempre com um cavalo: em velocidade, no carro esporte, e arisco no SUV.
Outro detalhe: o emblema da Ford só aparece uma única vez no Bronco, na tampa do porta-malas. Nas demais aplicações está o cavalo estilizado ou nome grafado, como acontece na grade dianteira.
*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA FORD