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Porém, a versão XLT precisa de alguns equipamentos. Confira avaliação do utilitário na Bahia
Antônio Meira Jr.
Publicado em 26 de julho de 2024 às 14:30
Introduzida no Brasil há um ano, a nova geração da Ranger tem feito sucesso. Em junho, bateu o seu recorde de vendas em um mês, com 3.026 unidades - o que a posicionou em segundo lugar na categoria, imediatamente atrás da Toyota Hilux (3.895) e na frente da Chevrolet S10 (2.197).
A Ford promoveu uma reformulação completa no utilitário, mudou a plataforma e também o conjunto motriz. A versão testada foi a XLT, com a qual rodamos 2.500 quilômetros pela Bahia, desses, 800 km foram em Salvador e os outros 1.700 km em uma viagem de avaliação até o sudoeste do estado.
Essa configuração, que custa R$ 295.790, é encaixada entre a Limited (R$ 326.990) e a XLS (R$ 289.990). Com essas outras opções, divide o motor e a transmissão, que se destacam pelo desempenho. A transmissão de 10 velocidades é a mesma que equipa a F-150, picape mais vendida nos Estados Unidos.
O propulsor é um V6 turbodiesel de 3 litros que entrega 250 cv de potência aos 3.250 giros - é um rendimento inferior apenas ao da Volkswagen Amarok, que ostenta 258 cv. O torque é o maior da categoria: são 61,18 kgfm disponíveis a partir de 1.750 rpm. Apesar do bom desempenho, há boa eficiência: 9 km/l na cidade e 10 km/l em rodovias.
Esse conjunto é associado a um sofisticado sistema de tração 4x4, que tem a opção de uso integral nas quatro rodas, como acontece em SUVs, por exemplo. Dessa forma, o motorista pode optar por uma atuação constante do 4x4, mesmo em altas velocidades. Para completar, estão lá a divisão 50/50 e a reduzida. A Ranger conta ainda com o bloqueio do diferencial traseiro, importante em situações off-road, e quatro modos de condução nessa versão.
Para acessar a cabine da Ranger XLT é preciso destravar as portas pelo controle da chave. Para ligar a ignição é preciso virar a chave. São equipamentos que estão presentes nas rivais diretas, como Chevrolet S10 LTZ (R$ 295.490), Nissan Frontier XE (R$ 280.190) e Toyota Hilux SRV (R$ 290.190).
Também faz falta a informação na cabine da pressão dos pneus, disponível apenas na configuração Limited. Além disso, nessa e em todas as opções da picape da Ford, não há a possibilidade de ajuste de altura para os cintos de segurança.
Tirando esses inconvenientes, a lista de equipamentos é ampla. Estão presentes desde uma central multimídia com tela de 10 polegadas e quadro de instrumentos digital (8 pol) até ajustes elétricos para o banco do motorista.
É também uma picape conectada, que permite que, por meio de um aplicativo para smartphone, o usuário cheque algumas funções, como o tempo de vida do óleo do motor e a autonomia. É possível ainda localizar o veículo e dar a partida do motor. Entre as rivais, só a Chevrolet oferece um sistema similar.
Entre os equipamentos de auxílio à condução, essa versão da Ranger tem assistente autônomo de frenagem (com detecção de pedestres), farol alto automático e sensor de permanência em faixa.
CONSIDERAÇÕES
A Ranger encanta pela dirigibilidade. Desde a posição de guiar até a resposta do conjunto motriz, que oferece uma sintonia muito boa entre motor e transmissão, até a ótima calibração da direção - que tem assistência elétrica.
A suspensão também está bem calibrada, tanto para velocidades mais altas quanto para rodar em pisos ruins, seja de asfalto ou cascalho solto - onde se pode notar também o bom ajuste para o controle de estabilidade. Os freios são a disco nas quatro rodas.
Para quem vai encarar estradas ruins, seja asfalto com buracos, seja terra, a boa notícia é que o perfil alto dos pneus diminui o risco de cortes. A engenharia instalou na XLT equipamentos de uso misto, de aro 17 na medida de 255/70.