Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2016 às 17:11
- Atualizado há 2 anos
Há 14 anos, a Fiat é a líder de mercado no Brasil, no entanto a imagem da fabricante é associada aos seus modelos mais baratos, como Palio e Uno. Com a chegada, nesta semana, da Toro - uma picape maior que a sua Strada e menor que as médias como a Chevrolet S10 e a Ford Ranger, por exemplo - criada e desenvolvida no país, a fabricante quer melhorar a rentabilidade e fortalecer a imagem de inovação da empresa.Para Carlos Eugênio Dutra, diretor de Produto da FCA Latam, inicialmente a picape irá atrair consumidores de diversos segmentos. De compradores de sedãs a utilitários esportivos. Em um mercado como o americano, a afirmação de Dutra seria posta em dúvida, mas no mercado nacional, é possível. Os parametros do brasileiro para a compra de automóveis muda rápido.>
[[galeria]]Para reforçar esse item, a Toro não tem uma dirigibilidade típica de uma picape, principalmente das médias. Enquanto esses modelos são formados por duas peças: um chassi e uma carroceria montada acima, a Toro utiliza um monobloco. É a mesma plataforma utilizada no Renegade, com entre-eixos 42 centímetros maior, e suspensão traseira independente, típica dos utilitários esportivos. Dessa forma, o consumidor que utiliza um hatch não irá sentir um choque ao assumir a direção da Toro. Além disso, como o veículo é mais alto, o campo de visão é melhor.Inicialmente, a Fiat não quer incomodar a Strada, por isso a versão inicial já é equipada com transmissão automática de seis marchas, a mesma que equipa o Jeep Renegade flex. Em relação ao SUV, que é produzido na mesma fábrica, o que mudou foi o motor, que ganhou mais potência e torque. Chamado de 1.8 E.torQ EVO VIS, ele rende 135 cv com gasolina e 139 cv com etanol, sempre a 5.750 rpm. O torque máximo, atingido a 3.750 giros, é de 18,8 kgfm com gasolina e 19,3 kgfm com etanol.O outro motor é idêntico ao do Renegade, o 2.0 Multijet Turbodiesel. Tem potência máxima de 170 cv, a 3.750 rpm, e seu torque máximo (de 35,7 kgfm) aparece logo depois da marcha lenta, a apenas 1.750 rpm. Esse propulsor pode ser associado a uma transmissão manual de seis marchas ou automática, de nove velocidades. Com o câmbio manual a tração é apenas na dianteira, enquanto o automático é associado a tração nas quatro rodas - que o condutor escolhe através de um botão no console central.Toda a linha é equipada de série com controle de estabilidade (ESC), com o ASR, que monitora a tração, e o TTC, gerenciando a transferência de torque para as rodas. Outros sistemas auxiliam o motorista e serão úteis aos que irão dirigir pela primeira vez um veículo deste porte. Para sair em uma subida, nem é necessário manter o pé no freio, já que o Hill Holder mantém o utilitário imóvel até a arrancada. E no off-road existe o auxílio do Hill Descent Control (HDC), que controla eletronicamente a velocidade em descidas íngremes em terrenos acidentados.A caçamba, que ganhou um sistema inovador para a abertura da tampa, tem capacidade para 820 litros. Já a capacidade de carga, varia de acordo com a motorização. Na flex é de 650 kg e na diesel, 1 tonelada. MercadoA opção mais barata da Toro é a Freedom com motor flex e câmbio automático, que custa R$ 76.500, valor próximo ao de uma Strada Adventure com cabine dupla, que custa a partir de R$ 69.180, mas, com todos os opcionais, chega a R$ 85.658. Nessa fase de lançamento, está sendo oferecida uma versão especial da Toro, chamada Opening Edition, que agrega itens como central multimídia e rodas de 16 polegadas. Custa R$ 84.400.As demais opções são equipadas sempre com o motor 2.0 turbodiesel. São duas opções para a Freedom: com câmbio manual e tração 4x2 custa R$ 93.900 e, com transmissão automática e tração nas quatro rodas, R$ 101.900. A topo de linha, a Volcano, oferece câmbio automático e tração 4x4 por R$ 116.500. No entanto, se o cliente optar por todos os opcionais, o que inclui teto solar, airbags laterais e para os joelhos do motorista, partida por botão e teto solar elétrico, o preço da Volcano salta para R$ 129.340. Para qualquer configuração a pintura metálica custa R$ 1.432.O valor inicial da Toro é imediatamente acima da Duster Oroch mais cara (que custa entre R$ 64 mil e R$ 72.400), pois, pelo menos por enquanto, a picape da Renault ainda não oferece câmbio automático e tração nas quatro rodas.A Fiat espera comercializar 50 mil unidades da picape até o final do ano. Se conseguir esse feito, a Toro ficaria posicionada entre os 15 automóveis e comerciais leves mais vendidos do país. À frente da Chevrolet S10 e Toyota Hilux, que venderam respectivamente 33.330 e 32.900 carros em 2015. Ficaria atrás apenas das picapes pequenas, a Strada e a Saveiro. No ano passado, a Fiat teve 98.631 unidades emplacadas e a VW, 56.704. A Oroch está vendendo uma média de 1.200 unidades por mês.O jornalista viajou a convite da Fiat Chrysler Automobiles>