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Kivia Souza
Publicado em 8 de abril de 2016 às 06:11
- Atualizado há 3 anos
Começar um negócio sem estudar o local, o produto e, principalmente, a clientela são erros comuns associados ao fim prematuro das empresas. Segundo Franklin Santos, diretor de atendimento no Sebrae Bahia, um dos grandes pontos para a mortalidade dos negócios é a falta de planejamento. Para ele, conhecer o ambiente onde o futuro empresário quer atuar é essencial para dar o primeiro passo e se inserir no mercado.Faça download do documento e saiba como se planejar (Foto: Divulgação)"A gente tem uma tendência a achar que planejamento é uma coisa complexa, mas não é e pode ser feito de forma simples", defende. Franklin explica que antes de abrir o negócio, o empreendedor deve entender o mercado, quem é o cliente que ele quer atender e saber até mesmo quem são os concorrentes. "Ele precisa se perguntar: 'o que tem de bom ou ruim e o que vou levar de interessante dele?'. Pensar como vai neutralizar o concorrente e se tornar diferente" diz.>
Além disso, quem quer abrir um negócio deve buscar conhecer os fornecedores ideais para atender a sua atividade e entender o tamanho do mercado, para não produzir mais que a procura. "Precisa saber, por exemplo, se dá pra montar uma loja de charutos onde há público de uma faixa de renda que compraria esse produto. Somente entendendo o mercado é que será possível saber como se comportar e ver as lacunas que esse ambiente tem", defende Franklin.>
Plano de negóciosQuando se fala em plano de negócios as pessoas costumam pensar em algo inacessível, complicado ou um bicho de sete cabeças. Mas Franklin simplifica e diz que se trata, nada mais, nada menos, que um roteiro a ser seguido. "Não é o fato de existir no papel e sim sobre coisas que deveria se pensar. Só esse planejamento é que vai mostrar as vantagens e desvantagens diante do mercado e como aproveitar essas oportunidades, além de abrir espaço para a diferenciação", avalia.>
O objetivo do planejamento é descomplicar o negócio e permitir que o empresário tenha vantagem no que produz, além de permitir uma boa implementação com segurança. Para facilitar a vida dos empreendedores, o Sebrae Nacional criou um documento para quem quer se planejar, antes de se jogar de cabeça, e usar como modelo em sua empresa.>
Faça download do documento e saiba como se planejar>
Taxa de sobrevivência das empresasA taxa média de sobrevivência das empresas nas capitais é de 72%, contra 76% na média nacional. Os dados são da última Pesquisa de Sobrevivência das Empresas no Brasil, de 2013, baseada em negócios abertos em 2007 e que tinham dois anos de vida. De acordo com o estudo, apesar de fatores sazonais, as características relacionadas aos empresários podem ser determinantes: o planejamento prévio à abertura, a gestão do negócio e a atitude empreendedora. Além disso, o ambiente no qual a empresa está inserida também é um fator relacionado à sobrevivência.>
De acordo com a pesquisa, a maior diferença entre a média estadual e a da capital foi verificada na Bahia. Enquanto a taxa de sobrevivência de empresas é de 70% em todo o estado, em Salvador chega a 57%. Outro exemplo é o estado de Pernambuco, que tem uma taxa de sobrevivência próxima a 67%, enquanto em Recife a taxa de sobrevivência é de 55%.>
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