Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

A menos de um mês para o CPNU, saiba como garantir um bom resultado

Especialista dá dicas de estratégias para fazer os estudos renderem melhor

  • Foto do(a) author(a) Carmen Vasconcelos
  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 15 de setembro de 2025 às 06:30

O concurso focará, mais uma vez, na democratização do acesso ao serviço público, com a aplicação das provas em 228 locais, em todo o Brasil.
O concurso focará, mais uma vez, na democratização do acesso ao serviço público, com a aplicação das provas em 228 locais, em todo o Brasil. Crédito: Shutterstock

Com 761.528 inscrições confirmadas, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) ofertará 3.652 vagas, no total (sendo 3.144 para nível superior e 508 para  nível intermediário), nessa segunda edição. Serão 2.480 vagas imediatas e 1.172 vagas para provimento no curto prazo após a homologação dos resultados. As vagas estão distribuídas em 32 órgãos e os cargos agrupados em nove blocos temáticos. O concurso focará, mais uma vez, na democratização do acesso ao serviço público, com a aplicação das provas em 228 locais, em todo o Brasil.

Com a primeira prova marcada para 05 de outubro, o Correio foi buscar a ajuda do especialista Bruno Bezerra, professor do Estratégia Concursos para indicar as melhores estratégias, tanto para os candidatos que se preparam há muito tempo quanto aqueles que começaram recentemente. A ideia é facilitar a elaborar um plano de estudo eficiente para um bom desempenho na primeira fase e na segunda etapa, prevista para 7 de dezembro.

O professor Bruno Bezerra reconhece que a reta final do CNU é desafiadora porque o tempo é curto e o conteúdo é extenso. O candidato precisa equilibrar duas frentes: avançar em novos tópicos que ainda não foram estudados e revisar o que já foi visto. Se deixar de avançar, corre o risco de perder pontos em temas que nunca teve contato. Por outro lado, se não revisar, pode chegar ao dia da prova com a sensação de 'já vi isso, mas não lembro’.

Estratégia

Diante disso, o professor sugere que a estratégia seja priorizar materiais sintéticos, como resumos e mapas mentais, que permitem revisões rápidas e objetivas, além da resolução massiva de questões, de preferência da FGV, para entender como a banca cobra os conteúdos e quais são os temas mais recorrentes.

“Outra prática essencial são os simulados, que servem tanto para medir o nível de conhecimento quanto para treinar estratégia de prova. Como a FGV costuma elaborar exames longos, os simulados ajudam a testar ritmo, ordem de resolução e gestão do tempo”, orienta.

Ele destaca ainda que é fundamental dar atenção especial aos eixos temáticos de maior peso, pois são eles que garantem maior eficiência nessa reta final.

Com a experiência de quem acumula anos em salas de aula, Bezerra essa reta final não é mais sobre conhecer novos conteúdos, mas sim sobre consolidar pontos estratégicos. “Esse é o momento de reforçar justamente os pontos fracos, ou seja, aquelas matérias em que os índices de acerto ainda estão abaixo da média. Focar nessas áreas garante maior margem de crescimento na pontuação. Além disso, é hora de intensificar as questões da FGV, simulando o estilo da banca, e realizar simulados completos para treinar a gestão do tempo e a resistência mental para a prova”, complementa.

O professor diz ainda que outro ponto essencial é a jurisprudência, portanto, é importante acompanhar os entendimentos dos tribunais superiores. “A dica vale principalmente para o STF, já que a FGV tem tradição em cobrar novidades legislativas e jurisprudenciais. O candidato que já tem uma boa base deve concentrar esforços na lapidação do desempenho, refinando estratégia e corrigindo as últimas arestas”, reforça.

Bruno Bezerra reconhece que a reta final do CNU é desafiadora porque o tempo é curto e o conteúdo é extenso
Bruno Bezerra reconhece que a reta final do CNU é desafiadora porque o tempo é curto e o conteúdo é extenso Crédito: Divulgação

Retardatários

Para quem só começou a se preparar após o lançamento do edital, a sugestão do professor é que a preparação seja ainda mais assertiva e seletiva. “Com pouco tempo até a prova, não é realista querer cobrir todo o edital de forma profunda. O mais inteligente é focar nas matérias e eixos temáticos de maior peso, além dos assuntos que historicamente são mais cobrados pela banca. Nessa etapa, materiais sintéticos são indispensáveis, pois permitem absorver uma visão geral sem se perder em detalhes extensos”, sugere.

O especialista lembra ainda que é essencial priorizar a resolução de questões, especialmente da FGV, porque ajudam o candidato a compreender rapidamente o estilo de cobrança e a identificar padrões de recorrência. “Se não for possível ver tudo, é preferível ter domínio sólido de partes mais relevantes do que tentar abraçar o edital inteiro e ficar apenas na superficialidade”, destaca.

Se o conteúdo é fundamental, a saúde mental não pode e não deve ser negligenciada nesse período. Segundo Bruno Bezerra, o psicológico é um dos fatores mais decisivos na reta final. “Muitos candidatos bem preparados acabam sendo derrubados pela ansiedade e pelo nervosismo. À medida que a prova se aproxima, a tensão cresce naturalmente, e por isso é fundamental cuidar do corpo e da mente”, reforça.

Rotinas

O educador faz questão de ressaltar que para garantir esses cuidados, não é necessário nada espetacular, mas o cuidado com uma rotina mínima de atividade física leve, como caminhadas, para reduzir o estresse; preservar a qualidade do sono, especialmente na última semana, para chegar descansado; e organizar pausas estratégicas no estudo, evitando a exaustão. “No dia da prova, o ideal é não encarar o exame como ‘a prova da vida', mas sim como consequência natural de um processo de preparação. Esse estado mental reduz o peso emocional e ajuda o candidato a manter a serenidade necessária para desempenhar bem”, ensina.

Para quem trabalha e precisa conciliar os estudos com outras atividades, a dica é ser ainda mais estratégico. O caminho é priorizar os conteúdos de maior peso no edital e os assuntos mais recorrentes nas provas, identificados a partir da resolução de muitas questões.

Nesse cenário, não há tempo para abraçar tudo, e sim para garantir eficiência: dominar o que pode trazer mais retorno em pontos. Além disso, o uso de materiais sintéticos se torna indispensável, pois permite avançar com rapidez sem perder a qualidade.

O ideal é estudar com frequência, mesmo que em blocos menores de tempo, porque a regularidade compensa a falta de longas jornadas. Em resumo, não é quantidade, mas sim constância e foco no que realmente importa.