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Setor da panificação cresce 17,3% na Bahia

O segmento movimentou R$ 153,3 bilhões no último ano e é formado por micro e pequenas empresas

  • Foto do(a) author(a) Carmen Vasconcelos
  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 18 de agosto de 2025 às 06:30

O setor de panificação na Bahia vive uma fase de expansão e protagonismo
O setor de panificação na Bahia vive uma fase de expansão e protagonismo Crédito: DIVULGAÇÃO

O setor de panificação na Bahia vive uma fase de expansão e protagonismo na economia estadual. Para se ter uma ideia desse crescimento, em 2024, registrou crescimento de 17,3% no número de empresas em relação ao ano anterior, consolidando-se como o terceiro maior segmento dentro da Indústria de Alimentos e Bebidas. O desempenho é expressivo: o segmento movimentou cerca de R$ 153,3 bilhões no último ano e é formado, majoritariamente, por micro e pequenas empresas, que representam 99% do total.

De acordo com a gestora Estadual do Projeto de Panificação no Sebrae Bahia. Elizabete Silva , são mais de 11 mil empreendimentos que têm a panificação como atividade principal — número que pode dobrar quando considerados os negócios que atuam também no comércio.

Elizabete Silva diz que são mais de 11 mil empreendimentos que têm a panificação como atividade principal
Elizabete Silva diz que são mais de 11 mil empreendimentos que têm a panificação como atividade principal Crédito: Divulgação

Com o objetivo elevar a qualidade da produção no setor de panificação, aumentar o fluxo de clientes e o tíquete médio nas padarias, além de ampliar a lucratividade por meio da margem de contribuição do pão francês, será realizado no próximo dia 28 de agosto, às 19 h, durante a realização do evento da indústria INDEX, a grande final do Concurso Melhor Pão Francês da Bahia, realização do Sebrae. Em sua 2ª edição, a premiação reconhecerá panificadoras e padeiros, tendo registrado a marca de 1.250 inscrições, em 87 municípios baianos.

A edição de 2025 do concurso contará com 10 representantes de padarias vencedores das etapas regionais. São panificadoras das regiões de: Salvador, Barreiras, Feira de Santana, Ilhéus, Jacobina, Juazeiro, Santo Antônio de Jesus, Irecê, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista selecionadas a partir de um conjunto de 1.250 empresas e que ainda estão sendo reconhecidas em cerimônias de premiação realizada até o último dia 15 de agosto pelo interior do estado.

“O processo de escolha envolveu avaliação do pão francês em formato de cliente oculto. O pão foi comprado por uma pessoa não identificada, e levado para avaliação por especialistas em panificação que consideram critérios técnicos como: crocância, coloração, textura da casca e do miolo, sabor e aroma, com base na norma ABNT 16.170 que trata das especificações técnicas para garantir a padronização e a qualidade do Pão Francês”, explica a representante do Sebrae.

Empregos e renda

Elizabete Silva destaca ainda a relevância econômica das atividades no setor reforçada pela geração de empregos. “Seguindo a tendência nacional, o setor responde por 19,3% dos postos de trabalho na Bahia, o equivalente a mais de 2,8 milhões de empregos”, esclarece Elisabete Silva, ressaltando que as s regiões de Salvador, Ilhéus e Feira de Santana lideram a expansão no número de empresas.

Apesar do cenário favorável, a gestora reconhece que existem desafios, como margens de lucro pressionadas pelo aumento do custo dos insumos, dificuldade de atrair clientes de fora da vizinhança e a alta rotatividade de funcionários. “Apesar disso, os empresários projetam ampliar o faturamento, diversificar o portfólio com produtos mais saudáveis e inovadores, aperfeiçoar a gestão financeira e reduzir desperdícios, mirando um crescimento sustentável e competitivo nos próximos anos”, afirma.

Mas não é só a geração de emprego, a panificação é considerada uma área promissora para empreender, além dos bons resultados, sobretudo por oferecer produtos de consumo diário e recorrente, permite a diversificação do mix com itens como confeitaria, lanches e produtos gourmet, além de apresentar grande potencial de fidelização de clientes.

“No entanto, o segmento também impõe desafios, como a forte concorrência — que inclui supermercados e padarias gourmet — a alta sensibilidade a variações no preço dos insumos e a necessidade de manter um padrão constante de qualidade, mesmo diante da rotatividade da equipe”, salienta Elizabete, reforçando que, nesse cenário, a atuação do Sebrae é fundamental para apoiar as micro e pequenas empresas, oferecendo capacitação, consultorias especializadas e acesso a soluções inovadoras que fortalecem a gestão, aumentam a competitividade e ajudam os empreendedores a transformarem esses desafios em oportunidades de crescimento sustentável.

Mercado

Quem gostou da ideia e pensa em ingressar no mercado de panificação, Elizabete é enfática em lembrar que o planejamento prévio é determinante para aumentar as chances de sucesso. “Além de dispor de um capital inicial compatível com o porte do empreendimento, a escolha do ponto comercial deve levar em conta fatores como fluxo de pessoas, facilidade de acesso e perfil socioeconômico da vizinhança. Equipamentos adequados e de qualidade são indispensáveis para garantir a padronização e a eficiência na produção”, enumera a especialista.

Mais que paixão ou vontade de gerar renda, vale reforçar que o conhecimento técnico - seja adquirido pelo próprio empreendedor ou por meio da contratação de um padeiro experiente - influencia diretamente a qualidade final dos produtos. “Da mesma forma, a gestão eficiente de custos e a correta precificação são essenciais para assegurar margens de lucro saudáveis, especialmente em um segmento que sofre com oscilações nos preços de insumos”, pondera Elizabete Silva.

A gestora finaliza, pontuando que, no cenário atual, investir em marketing integrado, unindo ações no ambiente local, como promoções e parcerias com comerciantes da região, e presença digital ativa nas redes sociais e aplicativos de entrega, é uma estratégia decisiva para ampliar o alcance e atrair novos consumidores. “Por fim, a experiência do cliente não termina no balcão: um atendimento cordial, atencioso e consistente é o que transforma compradores ocasionais em clientes fiéis, fortalecendo a reputação do negócio e garantindo sua longevidade no mercado”, conclui.