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Trabalhe sem suor: enfrente o verão sem ferir código de vestimentas da empresa

Especialistas em códigos de vestimenta profissional dão dicas de roupas para o trabalho na estação mais quente do ano

  • D
  • Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2018 às 06:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: (Ilustração: Morgana Lima)

Um dos assuntos da imprensa de celebridades do Reino Unido esta semana foi o fato de a duquesa de Sussex, a atriz Meghan Markle, ter usado, durente o British Fashion Awards, um esmalte escuro que iria contra o dress code  (código de vestimenta, em tradução livre) da família real. As regras da monarquia estão antiquadas? No mundo real dos plebeus brasileiros, a aproximação do Verão traz um dilema um pouco mais complexo para boa parte dos trabalhadores: como se vestir confortavelmente no escritório sem afrontar o mundo corporativo? 

Proprietária da Dresscode, empresa paulista de consultoria de imagem, Silvana Bianchini considera que, independente da estação do ano, quem determina o padrão estético dos funcionários de uma empresa é o cliente. “Você está representando a empresa e é a sua interação com a clientela que vai determinar o que se pode ou não vestir”, avalia Silvana, para quem o combate ao calor não passa pela diminuição do tamanho da roupa, mas pelo uso de tecidos mais adequados à època do ano, como linho e algodão. 

O jeito de se vestir para ir trabalhar varia de acordo com a região do país e, principalmente, com as peculiaridades de cada profissão. No sertão da Bahia ou na Serra Gaúcha, profissionais do Direito usam terno e gravata (homens) e tailleurs (mulheres). Mas, ao longo dos anos, tem havido mudanças. No primeiro semestre deste ano, o Banco Itaú  liberou seus funcionários para usarem jeans e tênis depois de décadas de roupa social obrigatória. Mas, quando não há uma recomendação explícita da empresa, como se deve agir?

“Mesmo em um ambiente onde não há regras, há uma verdade universal, o bom senso”, afirma Sulivan França, especialista em gestão de pessoas e presidente da Sociedade Latino Americana de Coaching, que diz que não de deve usar roupa social em uma academia de ginástica, mas que provavelmente sim em uma banca de advocacia. 

 Distância da pele

Silvana é mais contundente. Para ela, em um ambiente corporativo, o mínimo exigível de um funcionário é a camisa social. “Camisetas de time ou com frases, nem pensar”, sentencia. Para ela, uma roupa de trabalho deve manter uma distância mínima de 0,5 centímetro da pele. Nada de tecido colado.

“Opte por roupas leves, mas que cubram mais a pele. Já existem milhares de soluções para homens e mulheres conseguirem estar bem vestidos sem passar tanto calor”, concorda Sulivan França.

Outra dica do coach para quem sofre com o calor é usar uma roupa mais leve durante o deslocamento até o trabalho, trocando ao chegar na empresa ou escritório.Uma outra observação de Silvana quanto às roupas é que as cores não devem ser muito chamativas. “Em uma conversa com o cliente, a sua roupa não deve desviar a atenção”, pondera.

 Um detalhe a respeito do figurino das funcionárias é que, em empresas mais liberais e que permitem decotes e roupas mais curtas, nenhuma peça pode ser vista pelos colegas como uma autorização para comentários de cunho sexual. “Jamais saia fazendo piadas ou insinuações a colegas, especialmente relacionadas à aparência. Nenhuma estação do ano, nada mesmo, é motivo ou dá abertura para o assédio sexual”, assinala.

 Tatuagens

Se há alguns anos usar tatuagem era um fator de eliminação na seleção, cada vez menos é preciso usar mangas longas para cobrir um desenho no braço. 

Nos Estados Unidos, um estudo recente conduzido pelas universidades do oeste da Austrália e de Miami ouviu mais de 2 mil pessoas e constatou que quase ninguém se incomoda mais com um colega cheio de tatuagens.

França acredita que o resultado da pesquisa é válido também para o Brasil. “Ninguém vai tratar essa pessoa de forma diferente por conta do desenho que traz na pele”, afirma. 

Mas o coach ressalta que a tatuagem ainda pode ser um tabu em algumas culturas e religiões. “Nesse caso, vale cobri-las se você tiver encontros ou reuniões com alguém que você sabe que pode se incomodar com elas”, completa.