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Donaldson Gomes
Publicado em 19 de dezembro de 2025 às 16:14
Na reta final do plantio e favorecida pelas condições climáticas positivas registradas nas últimas semanas, o plantio de soja no Cerrado baiano alcançou, até o momento, com 2,218 milhões de hectares na Safra 2025/26, de acordo com dados do Núcleo de Agronegócio da Associação de O plantio atingiu 99,2% de área semeada, e contribuem para um cenário promissor para o estado no contexto do agronegócio nacional, de acordo com as informações divulgadas no último Boletim da Safra. >
A soja é a principal cultura produzida no cerrado baiano, e estima-se uma média de produtividade em torno de 68 sacas por hectare para este ciclo. A expectativa é de que a colheita nesse novo ciclo alcance cerca de 9,049 milhões de toneladas.>
O plantio de milho verão atingiu 99% de área plantada, o que corresponde a aproximadamente 120 mil hectares, com produtividade média estimada em 187 sacas por hectare. A expectativa é de uma colheita de 1,346 milhões de toneladas do cereal.>
Os números foram atualizados durante reunião do Conselho Técnico Consultivo da Aiba, realizada na manhã da última segunda-feira (15). >
Para o gerente de agronegócios da Aiba, Aloísio Júnior, os resultados refletem ganhos consistentes de produtividade e reforçam a competitividade da agricultura baiana no cenário brasileiro. “Em 2025, a agricultura baiana consolidou sua posição estratégica no cenário nacional, com destaque para grãos e fibras. A produção de soja está estimada em 8,61 milhões de toneladas, crescimento de 14,3% em relação a 2024, sustentado por um rendimento médio de 4,0 toneladas por hectare (+8,3%) em uma área de 2,1 milhões de hectares. No milho, mesmo com redução de 2,4% na área plantada, que totaliza 195 mil hectares, a produção deve atingir 2,69 milhões de toneladas (+16,3%), impulsionada principalmente pela primeira safra, que cresceu 24,6% e deve alcançar 2,2 milhões de toneladas”, explica Aloísio.>
As equipes do Programa Fitossanitário da Aiba fazem o acompanhamento contínuo da safra e até o momento, não há registros de ocorrência de ferrugem asiática na região. Ainda assim, os coletores de esporos seguem em operação, garantindo o monitoramento preventivo da doença.>
Diante do desempenho expressivo da safra atual, os produtores baianos já direcionam atenção aos prognósticos climáticos para 2026. Segundo Aloísio Júnior, há uma forte probabilidade de manutenção do fenômeno La Niña. “Essa condição climática tende a favorecer a regularidade das chuvas no Nordeste, ampliando a janela ideal para a semeadura e o desenvolvimento das culturas. Trata-se de uma expectativa estratégica para reduzir riscos associados a veranicos e déficits hídricos, fatores que impactam diretamente a produtividade. A combinação entre tecnologia, manejo eficiente e clima favorável pode consolidar novos avanços na produção agrícola baiana”, conclui Aloísio.>
Com base nas previsões climáticas para os próximos anos, especialmente no que se refere à manutenção do fenômeno La Niña, os produtores baianos têm motivos para se manter otimistas. A expectativa de um clima mais favorável à regularidade das chuvas oferece uma oportunidade estratégica para o planejamento das safras futuras, minimizando riscos como os veranicos e a escassez de água. Quando combinada com o uso crescente de tecnologias e práticas agrícolas eficientes, essa tendência climática pode impulsionar ainda mais a produtividade e o avanço da agricultura no estado, consolidando a Bahia como um importante polo agrícola do Brasil.>