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Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 07:30
- Atualizado há 2 anos
As gigantes coreanas Samsung e LG, que continuam a importar produtos para o Brasil, chegaram a anunciar novas fábricas dedicadas a produtos da linha branca no interior de São Paulo em 2011, mas desistiram dos projetos. A unidade da LG ficaria em Paulínia, enquanto a da Samsung estava prevista para Limeira. A fábrica de Paulínia, por exemplo, exigiria um investimento de até R$ 1 bilhão, segundo fontes de mercado.Foto: EBC A LG diz que o projeto foi cancelado, enquanto a Samsung afirma que a fábrica ainda não foi totalmente descartada. “O projeto foi engavetado por questões estratégicas e mercadológicas, mas continua em análise”, disse o diretor de produtos para o lar da Samsung, Adelson Coelho.O executivo lembra, porém, que a fábrica de ar condicionado da Samsung - dentro da empresa, classificados como produtos para o lar, assim como refrigeradores e máquinas de lavar - emprega 6 mil pessoas em Manaus. A unidade foi inaugurada em 2010. A resistência das multinacionais em investir alto na produção de eletrodomésticos no Brasil tem razão de ser. Depois de vários anos de forte crescimento - em 2012, a expansão do mercado de linha branca foi de 18% -, o setor teve retração nos últimos dois anos. Em 2014, além de enfrentar a desaceleração da economia, o consumo de eletros foi afetado negativamente pela Copa do Mundo. Apesar de o setor ainda ter o benefício da redução do IPI, já retirado para os automóveis, o presidente da Associação Brasileira de Fabricantes de Eletrodomésticos e Eletrônicos, Lourival Kiçula, prevê um ano difícil em 2015, no máximo igual a 2014.“O cliente quer substituir produtos, mas o medo da perda do emprego acaba reduzindo as vendas, que geralmente são feitas a prazo”, pondera Kiçula.>