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Portal Edicase
Publicado em 9 de junho de 2025 às 19:09
O meio ambiente é uma temática que tem ganhado cada vez mais relevância no cenário global, especialmente diante do aumento dos eventos climáticos extremos, como secas prolongadas, enchentes e ondas de calor. Essas ocorrências têm chamado a atenção da sociedade para a urgência de discutir questões ambientais e adotar medidas sustentáveis. Por isso, o tema também tem se tornado frequente nas provas de vestibulares. >
Abaixo, veja algumas dicas de como estudar sobre o meio ambiente para os vestibulares! >
A professora de geografia da unidade de Alphaville da Start Anglo Bilingual School, Luana de Almeida Pires Bezerra, reforça que é importante refletir sobre as questões econômicas, políticas e ecológicas da atualidade e se preparar para o vestibular. >
“Neste contexto, as provas podem abordar desde gráficos sobre gases do efeito estufa até questões sobre acordos internacionais e exploração de petróleo, exigindo do estudante uma leitura crítica do presente e uma visão ampla acerca das soluções possíveis”, comenta. >
Para a autora de biologia do Sistema de Ensino pH, Heloisa Agudo, é crucial que os candidatos abordem as questões ambientais com profundidade para performar bem na prova. Segundo ela, os estudantes devem compreender os fundamentos do clima e do meio ambiente. >
“Conhecer os princípios que regem o clima, os biomas e os impactos ambientais permitem entender as causas e consequências dos processos ambientais e interpretar criticamente notícias e dados científicos”, explica. >
Giovanna Vecchi Danti, auxiliar pedagógica da Plataforma Redação Nota 1000, alerta que temas ambientais são recorrentes em redações do Exame Nacional do Ensino Médi o (Enem) e nos concorridos vestibulares da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) e da Universidade de Campinas (Unicamp). >
“No Enem, é importante pensar em propostas de intervenção ligadas a problemas como queimadas e poluição. Já a Fuvest costuma exigir uma abordagem mais reflexiva sobre a temática, enquanto a Unicamp solicita uma posição diante de situações ambientais específicas”, observa. >
Segundo Diego Moreira, autor de geografia do Fibonacci Sistema de Ensino, os estudantes devem estar atentos a temas como aquecimento global, desmatamento na Amazônia e no Cerrado, matriz energética e transição para fontes renováveis — tópicos em evidência devido à realização da 30ª Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Mudanças Climáticas (COP 30) no Brasil. >
“Compreender políticas ambientais, eventos extremos como secas e enchentes, e analisar dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) são fundamentais para construir uma argumentação crítica nos exames”, pontua. >
Do ponto de vista da química, a professora Patrícia Andrade da Silva, do Colégio Rio Branco, ressalta que temas ambientais são frequentes nos vestibulares há mais de uma década. “As questões costumam exigir conexões entre meio ambiente e contextos sociais, econômicos e científicos. Em 2025, a Fuvest abordou mudanças climáticas e a Unicamp explorou biomas, pesca de tubarões e sustentabilidade”, comenta. >
Entre os temas mais recorrentes, estão: desmatamento, crise hídrica, poluição, energia, agrotóxicos, urbanização e gestão de resíduos sólidos. “A educação ambiental forma cidadãos mais críticos e conscientes, capazes de enfrentar os desafios do século XXI”, afirma. >
Paula Orsi, supervisora de ciências da natureza da rede Anglo Alante, reforça a importância da abordagem interdisciplinar. “Biologia, geografia e química são frequentemente integradas em questões sobre sustentabilidade, poluição, energias renováveis e química verde. A Agenda 2030 da ONU e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) também aparecem, exigindo do aluno uma leitura atualizada do mundo”, destaca. >
Para ela, o segredo é ir além da teoria: “Interpretar dados, acompanhar atualidade s e refletir sobre o papel humano na preservação ambiental são estratégias fundamentais para um bom desempenho”, complementa. >
Por Patrícia Buzaid >