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Agência Correio
Publicado em 26 de julho de 2025 às 08:30
Uma filosofia milenar, nascida na Grécia antiga, está revolucionando a forma como pessoas lidam com o estresse e a pressão. O estoicismo, agora popular no Vale do Silício, nos Estados Unidos, e no Japão, oferece um caminho claro para gerenciar críticas, medos e frustrações. >
O recente lançamento de “Estoicismo: Um Manual sobre a Vida”, com comentários de especialistas como Sato Masaru e Ogawa Akiko, explica o fenômeno. Essa obra ilumina como a filosofia estoica é fundamental para manter a serenidade, sobretudo, ao enfrentar provocações externas.>
Conforme o portal japonês Diamond, a irritação, para os filósofos estoicos, não surge do evento em si. Ela vem da nossa própria interpretação dos fatos. Isso significa que você detém o poder de escolher sua reação, então a provocação é uma oportunidade de exercer seu autocontrole.>
No Vale do Silício, o estoicismo ganhou status de manual de sobrevivência para a mente. Ele ensina a diferenciar o que está sob seu controle.>
O que diz a psicologia?
Suas ações e pensamentos, por exemplo, estão sob seu domínio. O que não está, são as opiniões alheias, flutuações do mercado ou o clima, é externo e incontrolável.>
Sato Masaru, que assina o prefácio da edição japonesa, declara que "a abstinência é necessária para alcançar grandes ideais". Isso implica em abrir mão de reações impulsivas. Cultivar o autocontrole e a não-reatividade são virtudes essenciais que contribuem para a paz interior e para o sucesso profissional.>
Marco Aurélio, um imperador romano e grande figura estoica, ensinava que "a fonte da bondade está dentro de cada pessoa".>
Ele dizia que devemos continuar cavando esse poço interior, mesmo em momentos de tensão. Essa sabedoria ressalta a importância de olhar para dentro.>
A escritora Ogawa Akiko, em “Estoicismo: Um Manual sobre a Vida”, traduzido por Hanatsuka Megumi, sublinha que "a verdadeira força está em não se abalar".>
Você pode responder a uma crítica dizendo “obrigado” ou perguntando “você também considerou isso?”. Essas atitudes equilibram respeito e dignidade.>
A obra conecta a filosofia estoica com ensinamentos de outras tradições, como o budismo tibetano. Akiko narra um encontro com um monge compassivo.>
Esse monge reforçou um princípio estoico central: "a fonte da bondade nunca seca". Doar tempo, atenção ou gentileza não esvazia, mas fortalece seu espírito.>
Você não precisa temer perder ao ajudar os outros. A compaixão não se mede pela quantidade, mas pela intenção pura.>
Como o monge disse à escritora: "Ame a si mesmo". No estoicismo, isso significa reconhecer seu valor intrínseco. Agir com virtude é essencial, mesmo nas situações mais difíceis.>
A proposta do estoicismo, disseminada do Vale do Silício ao Brasil e Japão, é viver com clareza, coragem, moderação e justiça.>
Diante de uma provocação, a escolha mais inteligente pode não ser revidar. A resposta consciente é sempre a mais eficaz para sua paz.>
Afinal, a filosofia ensina que "o que te fere não é o que te dizem, mas como você decide reagir a isso". Sua interpretação molda a realidade.>