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Cidade brasileira que asfaltou seus rios hoje sofre com as consequências

Capital que é vista como metrópole já abrigou dezenas de rios limpos e cheios de vida

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 19 de agosto de 2025 às 06:24

A canalização dos córregos sem planejamento trouxe problemas que persistem até hoje
A canalização dos córregos sem planejamento trouxe problemas que persistem até hoje Crédito: Reprodução/Youtube

Pouca gente sabe, mas São Paulo é repleta de rios e córregos. A impressão contrária acontece porque a maior parte deles foi soterrada para abrir espaço a avenidas e construções.

Quando as tempestades caem sobre a capital, esses cursos d’água voltam à tona, extravasando e trazendo para as ruas a água que não cabe mais em suas galerias.

Rio Sucuri por Reprodução

Onde foram parar os rios?

Grande parte das águas paulistanas acabou canalizada e escondida sob concreto, decisão que foi tomada sem planejamento e que gera sérios problemas até os dias atuais.

“Como as pessoas não conseguiram fazer especulação imobiliária em cima dos córregos, ofereceram para as ruas serem os córregos. O resto virou habitação”, explica Rodolfo Costa e Silva, coordenador do programa de despoluição do Rio Tietê, em entrevista à Fapesp.

Essa transformação dos rios em São Paulo ocorreu rapidamente. No começo do século 20, era comum os moradores aproveitarem o Tietê para nadar, pescar e passear de barco.

Com o tempo, o lazer cedeu lugar à poluição. O despejo crescente de esgoto doméstico e industrial fez com que, nos anos 1950, o rio já fosse visto como esgoto a céu aberto, condição que ainda não mudou.

Marcas da água no passado

“O crescimento populacional, econômico e o mercado de terras fez a cidade caminhar em direção aos rios”, diz o historiador Janes Jorge, que é professor da Unifesp à Fapesp.

Essas presenças continuam registradas nos bairros paulistanos, como Água Funda, Água Rasa, Rio Pequeno e Vila Nova Cachoeirinha.

“Se você abrir um guia de ruas de São Paulo, você vai ver um monte de referência à água que está naquele lugar, ou que esteve visível naquele local”, conta Luiz Campos Júnior, co-criador da iniciativa Rios e Ruas também à Fapesp.