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Agência Correio
Publicado em 21 de agosto de 2025 às 15:08
Uma fascinante criatura marinha com 20 longos braços foi revelada nas gélidas águas da Antártida, causando surpresa e curiosidade entre os cientistas. Descoberta em 2023 por expedições conjuntas de universidades australianas e norte-americanas, esse ser pode ser um indicativo de uma biodiversidade ainda oculta. >
Os pesquisadores coletaram e analisaram amostras durante mais de uma década, de 2007 a 2018, até identificarem a estrela-pena-morango (Promachocrinus fragarius), uma espécie que compartilha parentesco com estrelas-do-mar e ouriços.>
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Anteriormente a este estudo, a comunidade científica acreditava na existência de apenas uma única espécie de estrela-pena na Antártida. Contudo, a pesquisa demonstrou que pelo menos oito tipos diferentes habitam as águas geladas, e apenas quatro delas são conhecidas pelos pesquisadores até o momento.>
A Promachocrinus fragarius atraiu grande atenção por seu corpo de formato incomum, que lembra a textura irregular de um morango. Com cerca de 20 cm de largura, ela apresenta uma proporção notável: um braço para cada centímetro de seu corpo, tornando-a uma aparição única e intrigante nas profundezas oceânicas.>
Esta estrela-pena, de coloração vermelho-escura, não é estática. Ela utiliza estruturas especializadas, chamadas cirros, para rastejar no fundo do mar ou se fixar. Apesar de sua aparência, a Promachocrinus fragarius é bastante ágil, capaz de mover seus múltiplos braços em um nado sincronizado, capturando plânctons e filamentos pegajosos para se alimentar.>
Para chegar a esta incrível descoberta, os cientistas analisaram extensas amostras retiradas de diversas áreas do oceano, em profundidades que variam de 100 a 1.000 metros. Os pesquisadores destacam que a imensidão da Antártida requer um esforço contínuo e mais intenso para a identificação completa de novas espécies.>
A espécie ganhou o apelido de "alienígena" por comparações populares com a criatura "facehugger" do filme "Alien", dirigido por Ridley Scott. No entanto, sua forma é comum entre as estrelas-pena no ambiente marinho. >
Um dos cientistas explicou ao Live Science que "Crinóides como esses dominaram os mares primitivos da Terra, mas foram quase totalmente extintos, junto com cerca de 95% de toda a vida no planeta, durante a extinção em massa do período Permiano, há aproximadamente 251 milhões de anos”.>