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Agência Correio
Publicado em 19 de agosto de 2025 às 11:34
O universo das corridas atrai cada vez mais adeptos, criando uma sensação de que todos estão praticando. No entanto, iniciar a atividade sem o devido preparo pode acarretar sérios riscos à saúde, podendo ser até mesmo fatal. >
Recentemente, um jovem de apenas 20 anos perdeu a vida durante uma meia-maratona em Porto Alegre. João Gabriel Hofstatter De Lamare desabou no 20º quilômetro da prova de 21 km. Ele recebeu atendimento imediato e foi reanimado, mas não resistiu. >
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O corredor faleceu devido a um mal súbito e uma parada cardiorrespiratória. Amigos relataram que era sua primeira participação na prova.>
Esse triste acontecimento desencadeou um debate crucial sobre as precauções indispensáveis para quem decide correr. É fundamental que os atletas compreendam a importância de um preparo adequado e do reconhecimento dos sinais de alerta que o corpo emite, para evitar tragédias e promover uma prática esportiva segura e consciente.>
Sintomas como tontura, visão turva, náuseas, calafrios, perda de coordenação, confusão mental, dor muscular excessiva, câimbras repetidas, batimentos cardíacos acelerados ou irregulares e sensação de desmaio são indicativos claros de um colapso. O ortopedista Eduardo Vasconcelos, em entrevista ao G1, alertou que ignorar esses sinais pode ser fatal para o corredor.>
É vital distinguir entre cansaço comum e exaustão perigosa. A fadiga normal melhora com repouso e não afeta a consciência. Já a exaustão extrema causa uma drástica queda de força, diminuição da velocidade, baixa da pressão arterial e pode prejudicar a coordenação motora, exigindo atenção imediata.>
Em casos mais severos, pode haver alteração da percepção, vertigem intensa e até desmaio. As causas mais frequentes incluem desidratação, hipoglicemia (baixo açúcar no sangue) e uma queda brusca de pressão arterial, condições que exigem intervenção rápida para evitar complicações graves e preservar a saúde do atleta.>
Forçar o corpo em um estado de exaustão pode levar a um colapso cardiovascular, desidratação grave, superaquecimento, arritmias cardíacas, perda de consciência e, infelizmente, até morte súbita. Além disso, há o risco de destruição muscular, que pode resultar em falência renal, hipoglicemia e hiponatremia (níveis baixos de sódio no sangue).>
A longo prazo, o esforço excessivo na corrida pode gerar lesões crônicas por sobrecarga, fadiga persistente, desequilíbrios hormonais, danos cardíacos, distúrbios do sono e uma significativa sobrecarga mental. Por isso, um planejamento cuidadoso e o respeito aos limites do corpo são indispensáveis para quem pratica corrida regularmente.>
Pessoas com cardiopatias, arritmias, diabetes, hipotireoidismo, anemia e aqueles que utilizam certos medicamentos apresentam maior vulnerabilidade. A predisposição genética e o tipo de fibra muscular também podem influenciar nos riscos. >
Por isso, médicos recomendam exames como eletrocardiograma, teste ergométrico, ecocardiograma, hemograma, avaliação hormonal e ergoespirometria antes de treinos e competições intensas para garantir a segurança.>
Se alguém sofrer um colapso durante a atividade física, a primeira medida é parar imediatamente a corrida. Deite a pessoa com as pernas elevadas, promova o resfriamento do corpo e ofereça líquidos se ela estiver consciente. Em seguida, chame socorro médico o mais rápido possível.>
Caso a pessoa perca a consciência ou não esteja respirando, inicie a reanimação cardiopulmonar (RCP) sem demora e continue até a chegada da equipe médica especializada. Ações rápidas e eficazes são cruciais para salvar vidas e minimizar os danos causados pelo colapso.>
A hidratação é a chave da prevenção: beber água e líquidos com eletrólitos antes e durante a atividade física é essencial para evitar câimbras, queda de pressão e colapsos. >
Atletas devem respeitar seus limites, treinar de forma progressiva, garantir sono e alimentação adequados, e fazer check-ups regulares. Organizadores de provas precisam assegurar hidratação, suporte médico e monitoramento do clima.>