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Agência Correio
Publicado em 4 de novembro de 2025 às 19:00
Muita gente trava na hora de responder um simples “obrigado”. Afinal, devemos dizer “de nada” ou “por nada”? A resposta é mais simples do que parece! >
Erro de português é muito comum
A Língua Portuguesa permite diferentes construções, mas apenas uma delas é considerada a mais adequada, e você provavelmente já usa sem perceber.>
Quando alguém agradece, o esperado é responder com “de nada”. Essa é a expressão reconhecida como a forma correta e educada de demonstrar que você realizou uma ação sem esperar nada em troca, ou seja, que aquilo não custou esforço e foi feito com boa vontade.>
“De nada” tem origem na ideia de que a ação realizada “vem do nada”, sem contrapartida exigida. Por isso, ela se tornou a resposta padrão e amplamente aceita em contextos formais e informais, desde conversas do dia a dia até ambientes profissionais e acadêmicos.>
Portanto, se o objetivo é seguir a norma culta da língua e não correr riscos, “de nada” é sempre a opção mais recomendada, simples, clara e correta.>
A expressão “por nada” existe e não chega a ser considerada um erro grave. No entanto, ela é menos indicada como resposta a um agradecimento. Gramaticalmente, “por nada” carrega um sentido diferente: costuma ser usada para indicar recusa ou ausência de motivos, como em “Não fiz isso por nada, fiz por você”.>
Quando usada como resposta a “obrigado”, “por nada” pode soar informal demais ou até transmitir falta de cordialidade dependendo da situação. Em alguns contextos regionais, ela acaba se tornando comum, mas ainda assim é menos prestigiada do que “de nada”.>
Em resumo: não é totalmente errado, mas não é o ideal, especialmente em situações que pedem mais formalidade ou clareza.>
Se você gosta de variar o vocabulário, há outras formas igualmente corretas e educadas de responder a agradecimentos, como “imagina!”, “não há de quê” e “eu que agradeço”. Cada uma carrega nuances diferentes, indo da informalidade à gentileza mais enfática.>
“Não há de quê”, por exemplo, é uma expressão tradicional e elegante, transmitindo a ideia de que a pessoa não tem motivos para agradecer. Já “imagina!” funciona bem em contextos informais, trazendo leveza e proximidade.>