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Descubra o que está escondido debaixo das praias brasileiras

De giz na Inglaterra a lama negra na Flórida: cada praia do planeta guarda formações únicas sob sua superfície.

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 20 de agosto de 2025 às 08:57

Areias brancas de Cabo Frio são atribuídos a solo antigo rico em quatzo
Areias brancas de Cabo Frio são atribuídos a solo antigo rico em quatzo Crédito: Imagem: Arielom10/Wikimedia Commons

Enquanto turistas se bronzeiam na areia, geólogos encontram verdadeiros tesouros científicos nas camadas inferiores das praias. Cada região do mundo apresenta formações rochosas características que contam a história do planeta.

Na famosa praia de Dover, na Inglaterra, por exemplo, o subsolo revela camadas de giz formadas por plânctons fossilizados. Já no Golfo da Flórida, pesquisadores encontram lama negra rica em matéria orgânica.

Capela de Guadalupe, na Ilha dos Frades; Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe foi eleita a praia mais bonita das Américas  por Ruy Resende

O que determina a composição do subsolo?

A geologia local é o fator principal que define o que está sob a areia. Regiões com atividade vulcânica antiga, como o Brasil, tendem a ter rochas magmáticas. Áreas com antigos recifes apresentam calcário.

Cavando o suficiente na praia, chega-se numa camada de areia bastante dura e compactada pela pressão, chamada arenito - essa camada intermediária protege formações mais antigas e frágeis da erosão constante das ondas.

Mediterrâneo: um mar de calcário

As praias da região mediterrânea se destacam por seu subsolo rico em calcário, rocha formada por restos de animais marinhos. Isso explica as águas cristalinas e a areia clara típica da região.

Essa composição cria ecossistemas únicos, influencia a química da água e até o clima local. O calcário também é importante economicamente, sendo usado na construção e na produção de cimento.

O caso único da Flórida

No Golfo da Flórida, o subsolo das praias conta uma história diferente. Lá, a lama negra rica em matéria orgânica revela um passado de intensa atividade biológica em águas pouco oxigenadas.

Essa formação é tão característica que serve como marcador geológico para pesquisadores estudarem mudanças no nível do mar ao longo dos milênios, mostrando como cada praia é um arquivo natural da história da Terra.

Por que estudar o subsolo das praias?

Entender a composição do subsolo ajuda na preservação costeira, na previsão de erosão e até na exploração sustentável de recursos. Países investem em mapeamentos geológicos para proteger seu litoral.

Além do valor científico, esse conhecimento é crucial para o planejamento urbano e a construção de infraestrutura costeira resistente às mudanças climáticas que afetam nossas praias.