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Elis Freire
Publicado em 2 de maio de 2025 às 16:31
O príncipe Harry afirmou estar “devastado” após perder mais uma batalha judicial contra o governo britânico, relacionada ao nível de segurança que ele e sua família teriam direito durante visitas ao Reino Unido. Em entrevista à BBC, o duque de Sussex revelou que seu pai, o rei Charles III, não mantém mais contato com ele devido ao impasse sobre a proteção. Harry pediu ao primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que reconsidere a decisão judicial, destacando que não se sente seguro para retornar ao país com sua esposa, Meghan, e seus filhos, Archie e Lilibet. >
O tribunal rejeitou o recurso de Harry, mantendo a decisão de que ele não terá o mesmo nível de proteção financiada pelo Estado, já que renunciou às funções reais em 2020 e se mudou para a Califórnia. Segundo o príncipe, a segurança foi usada como forma de pressão e controle dentro da família real. Ele ressaltou que teme pela segurança de seus familiares, citando ameaças recentes e um episódio de perseguição de carro envolvendo paparazzi em Nova York, em 2023.>
Apesar dos desentendimentos, Harry declarou que perdoou os membros da família e reiterou seu desejo de reconciliação. “Eu adoraria uma reconciliação porque não faz mais sentido continuar lutando”, disse. Ele também expressou preocupação com a saúde de seu pai, que está em tratamento contra um câncer, e lamentou não poder apresentar o Reino Unido a seus filhos.>
"Por enquanto, é impossível levar minha família de volta ao Reino Unido com segurança" declarou ao jornal inglês.>
A defesa de Harry argumenta que a decisão de reduzir sua proteção não considerou adequadamente os riscos à sua segurança, especialmente após o histórico de perseguição que resultou na morte de sua mãe, a princesa Diana, em 1997. A advogada do príncipe, Shaheed Fatima, destacou que a vida de Harry continua ameaçada, inclusive por recentes menções a seu nome por grupos extremistas como a Al-Qaeda.>
Além da disputa sobre segurança, Harry segue envolvido em outros processos judiciais. Na próxima semana, sua equipe jurídica voltará à Alta Corte em Londres, como parte da ação movida contra a editora Associated Newspapers — responsável pelo Daily Mail e Mail Online — por supostas práticas jornalísticas ilegais.>