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Estudo aponta ligação inesperada entre cutucar o nariz e Alzheimer

Lesões nasais podem ser um dos fatores para desenvolvimento da doença

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 20 de junho de 2025 às 07:00

Bactérias podem invadir o cérebro pelo nariz, alertam cientistas
Bactérias podem invadir o cérebro pelo nariz, alertam cientistas Crédito: Imagem gerada por IA

Você tem o hábito de cutucar o nariz? Um estudo de 2022 indica uma conexão surpreendente e preocupante: essa prática pode elevar o risco de desenvolver demência.

A pesquisa aponta que lesões na cavidade nasal podem pavimentar o caminho para que bactérias cheguem ao cérebro, ativando mecanismos semelhantes aos da doença de Alzheimer.

Apesar de ter sido testada apenas em camundongos, essa hipótese gerou grande interesse na comunidade científica, abrindo novas perspectivas sobre as causas da doença. Entender como patógenos podem acessar o cérebro pelo nariz oferece uma nova direção para prevenir e tratar a condição, que ainda desafia a medicina.

Cutucar o nariz pode ser perigoso por Shutterstock

Por que o nariz seria o problema?

A investigação sugere que danos nos tecidos internos do nariz permitem que certas bactérias acessem o cérebro mais facilmente.

Essa invasão provoca uma resposta inflamatória que imita os processos biológicos observados no Alzheimer, reforçando a ideia de que fatores externos podem influenciar a saúde cerebral.

A bactéria que viaja pelo nariz 

A pesquisa, liderada por cientistas da Universidade Griffith, na Austrália, focou na bactéria Chlamydia pneumoniae, frequentemente ligada a infecções respiratórias. Notavelmente, essa bactéria também foi encontrada em cérebros de pessoas com demência.

A jornada da bactéria do nariz ao cérebro dos camundongos reforça a urgência de investigar essa via de infecção.

Infecção rápida, consequências graves 

Os experimentos mostraram que, em camundongos, a C. pneumoniae consegue subir rapidamente pela via nasal até o cérebro.

Se o epitélio nasal estiver danificado, como acontece quando a pessoa cutuca muito o nariz, a infecção no sistema nervoso central piora, levando à produção aumentada de uma proteína associada ao Alzheimer. Essa descoberta sublinha a vulnerabilidade do cérebro a invasores externos.

Apesar de ainda não haver comprovação em humanos, o estudo fornece um mapa crucial para futuras investigações sobre a doença de Alzheimer. A equipe agora se dedica a descobrir se o aumento das proteínas é uma resposta imunológica temporária que pode ser revertida.

"Estamos estudando causas ambientais e acreditamos que bactérias e vírus podem desempenhar um papel essencial", afirmou St John, um dos pesquisadores.