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Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2020 às 16:52
- Atualizado há 2 anos
Foto: Reprodução Carlinhos Brown, cantor e um dos jurados do The Voice Kids, relembrou seu show no Rock In Rio 2001, em que acabou enfurecendo o público e se tornando alvo de garrafadas enquanto cantava, em entrevista ao Pânico, da rádio Jovem Pan, nesta sexta-feira, 14.>
O cantor foi questionado por André Marinho: "Teve aquele episódio lamentável do Rock In Rio, que fizeram aquela cafajestagem de tacar garrafas. Você acha que isso é reflexo do momento sectário em que o País está? Como enxerga isso?">
"No caso do Rock In Rio era necessário, porque eu também provoquei aquilo. Eu sou um provocador. Eu precisava provocar aquilo", respondeu Carlinhos Brown.>
Em seguida, continuou: "Quando eu cantava 'segue o seco sem sacar que o caminho é seco, sem sacar que o espinho é seco, sem sacar que o seco é o ser sol', eu estava falando da desertificação. De um País que chove, como choveu em São Paulo, e todo mundo fica: 'São Paulo está inundado'.">
"Opa! Pior do que isso é não carrear essa água que nos oferecem. Nós precisamos de um movimento de carreamento para aproveitamento de água. Isso é muito difícil. Eu carreguei água na cabeça a vida inteira para ajudar meu pai e minha mãe", prosseguiu.>
Carlinhos Brown ainda falou sobre o "choque cultural" do momento: "O que o rock fala é sobre atitude. Eu estava no Rock In Rio, estava no lugar certo.">
"O que os rockeiros fizeram? Me fizeram conhecido no mundo inteiro. Só que o rockeiro não esperava que anos depois esse mesmo movimento me traria para o Sepultura e faríamos um crossover para o heavy metal", analisou.>
O cantor também falou sobre as diferenças musicais: "Ninguém pode se prender a um estilo. Esse é um País de diversidade, de compreensão.">
"Um 'mundo melhor' [tema do Rock In Rio 2001] às vezes precisa ser comunicado diferente, às vezes pela dor. Eu estava pronto para aquilo. Pedia que jogassem. Eu via que 'nego' estava com sede...", concluiu Carlinhos Brown.>
As garrafadas em Carlinhos Brown no Rock In Rio O cantor Carlinhos Brown foi alvo de uma 'chuva' de garrafas e outros objetos arremessados pela plateia no Rock In Rio de 2001>
"Eu sou da paz! Só jogo amor! Não jogo nada em ninguém, só jogo amor! Eles querem rock! Então vamos botar uma improvisação aqui. .", afirmou o cantor ao cantarolar o hino nacional em 'versão lá lá lá', segurando uma guitarra.>
"Pode jogar o que você quiser que eu sou da paz e nada me atinge! Eu sou da paz!", continuava Brown, estendendo um cartaz escrito "Paz no mundo".>
Revoltado, encerrou: "Vocês que gostam de rock, têm muito que aprender na vida. Aprender a respeitar o ser humano, dizer não à violência e sim ao amor. Acreditem na vida, gente! Agora, o dedinho, pode enfiar no traseiro".>
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