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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2020 às 11:25
- Atualizado há 2 anos
No dia 26 de junho, familiares da modelo alagoana Eloisa Pinto Fontes, de 26 anos, registraram o desaparecimento da modelo internacional no sistema online da Polícia Civil do Rio. Eles relataram que não conseguiam contato com a jovem desde o dia 30 de maio e que ela possivelmente estaria morando com o namorado, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. >
Em 30 de julho, Eloisa então compareceu a 16ª DP (Barra da Tijuca) e garantiu “não estar correndo nenhum tipo de perigo”. Ela disse querer manter distância dos parentes, “que só desejam seu dinheiro e não seu bem-estar”. A modelo contou ainda não confiar em nenhuma irmã, tampouco na mãe, e afirmou ter “traumas familiares”. As informações são da revista Época.>
De acordo com o veículo, em depoimento, Eloisa disse ainda estar "feliz com a vida no Rio de Janeiro” e que pretende casar com o namorado até o fim desse ano e ter filhos com ele.>
Ela negou consumir drogas ou ter qualquer tipo de problema psiquiátrico. A modelo ressaltou que chegou a ingerir bebida alcoólica em uma determinada data, tendo ficado bêbada, porque é “muito pressionada por todos os familiares para que envie dinheiro”.>
A modelo afirmou ainda que os parentes têm “inventado fatos inverídicos” a seu respeito. Ela ponderou também que em uma ocasião, quando estava em Nova York, “colocaram alguma coisa em sua bebida e comida” e, por esse motivo, foi internada em hospital psiquiátrico.>
Em entrevista ao site Metrópoles, familiares dela negaram que Eloisa estava desaparecida há um ano. "Diferentemente do que fizeram parecer, ela estava esse período todo longe da mídia, mas a família mantinha contato com ela”, contestou Daniel Rocha, cunhado de Eloisa. “A verdade é que ela deixou de dar notícias há poucos dias, até ser encontrada. Agora, está sendo cuidada, o que é melhor do que estar na rua”, completou Rocha.>
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Eloisa foi encontrada por agentes da operação Ipanema Presente na última terça-feira (6) no Morro do Cantagalo, Rio de Janeiro. A jovem estava sendo procurada por parentes há cerca de um ano e quando foi localizada aparecia estar desorientada, segundo o jornal O Globo. Ela foi levada para a base do programa, na Praça General Osório, onde recebeu apoio social.>
De lá, a modelo foi encaminhada para o Instituto Municipal Philippe Pinel, onde passou por uma avaliação psiquiátrica e ficou internada para cuidados com sua saúde mental.>
De acordo com O Globo, essa não é a primeira vez que a mulher é dada como desaparecida. Em junho de 2019 ocorreu o primeiro episódio, desta vez em Nova York, onde morava por razões profissionais. Na ocasião, ela acabou encontrada cinco dias depois, vagando pela rua em uma cidade próxima, visivilmente desorientada. >
De acordo com a polícia, Eloisa foi levada para a base do Ipanema Presente onde recebeu apoio social. De lá, ela foi encaminhada para o Instituto Municipal Philippe Pinel, onde passou por uma avaliação psiquiátrica e ficou internada para cuidados com sua saúde mental. A mãe e um casal de amigos da alagoana já foram localizados pelo serviço social.>
Situação de rua Após o surto em Nova York, ela decidiu se mudar para o Rio de Janeiro, sem comunicar à família, na virada de 2019 para 2020. No Brasil ela dividiu com um amigo um apartamento em Copacabana e vivia uma vida normal, mesmo sem contato com os parentes.>
Segundo o Extra, na capital carioca ela iniciou um namoro, que durou apenas 4 meses. De acordo com Francisco Assis, amigo de Eloisa, o comportamento da alagoana mudou rapidamente, e ela começou a apresentar instabilidades, o que levou ao fim do relacionamento.>
Sem trabalhos como modelo, a jovem passou a ser vista em favelas como Cidade de Deus e Jacarezinho. Desta última, só saiu em agosto, quando foi internada em um novo surto no Hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra, e em seguida transferida para o Hospital Jurandyr Manfredini, em Curicica. O já ex-namorado conseguiu fazer contato com a família, que pediu ajuda a Francisco Assis, único conhecido que tinham no Rio.>
"Acolhi a mãe dela, que veio quando soube da internação. Uma mulher muito simples, que vive num sítio em Piranhas, no interior de Alagoas. Estava desesperada", contou Assis ao Extra. >
No começo de setembro, depois de um ano sem contato com nenhum parente, Eloisa reencontrou a mãe e chegou a ser levada para a casa de uma irmã, em Minas Gerais. Mas a ex-modelo fugiu de volta para o Rio de Janeiro e passou a viver dentro do Morro do Cantagalo já em situação de rua. >
Ela só foi deixar a comunidade na última terça, quando foi resgatada pela equipe da Operação Ipanema Presente e internada.>
Quem é Eloisa Nascida em uma cidade pequena no interior de Alagoas, a modelo deixou oito irmãos no Brasil para tentar, desde muito jovem, carreira como modelo no exterior. Ela foi casada e tem uma filha, Azzurra, com o modelo e produtor executivo russo Andre Birleanu, de 41 anos. Os dois se conheceram em 2012, em São Paulo, e se casaram em 2014. Ele, que ficou conhecido pela sua participação no programa americano "America's most smartest model", tem a guarda da criança.>
Eloisa já fez capas para revistas conceituadas como "Elle", "Grazia" e "Glamour", além de campanhas para grifes como Dolce & Gabbana. "É uma modelo responsável que, infelizmente, pode estar passando por problemas pessoais. Eu realmente espero que a gente consiga encontrá-la", disse um agente da jovem no ano passado, em meio ao primeiro desaparecimento em Nova Iorque.>