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FOTOS: Lázaro Ramos posa nu e fala sobre identidade, dor e memória

Ator falou sobre burnout e violência doméstica

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 15 de abril de 2025 às 20:18

Lázaro Ramos
Lázaro Ramos Crédito: Reprodução

Após o sucesso do livro Na Minha Pele (2017), que vendeu mais de 300 mil exemplares no Brasil, o ator, diretor e escritor Lázaro Ramos acaba de lançar Na Nossa Pele, obra que aprofunda os temas abordados em seu primeiro livro. O novo título amplia os diálogos sobre identidade, superação e pertencimento.

Lázaro Ramos
Lázaro Ramos Crédito: QG BRASIL/Divulgação

Em entrevista à revista GQ Brasil, Lázaro falou sobre o processo de escrita e posou para um ensaio fotográfico inédito. Segundo ele, o livro surgiu de um desejo de cura pessoal e de busca por autoconhecimento. “Escrever é a elaboração de traumas, de dores que eu senti, mas também é uma busca por emancipação”, disse. “É um processo de libertação.”

No novo livro, o autor aborda experiências íntimas e sociais, explorando o impacto do silêncio diante de vivências dolorosas. “Quando a gente silencia certos assuntos, eles ficam ali, cozinhando dentro da gente, e acabam deixando sequelas. Ofereço esse livro para que as pessoas possam voar. E, de certa forma, para que eu também possa voar”, afirmou.

Lázaro Ramos
Lázaro Ramos Crédito: QG BRASIL/Divulgação

Um dos pontos centrais da obra é a reconstrução da trajetória de sua mãe, Célia, que morreu quando ele tinha 18 anos. O aprofundamento na história da mãe partiu de um pedido do editor Luiz Schwarcz, da Companhia das Letras. “Ele leu o livro e falou: ‘Adorei, mas quero saber mais sobre a mãe do Lázaro’. Só que eu não sabia!”, contou o autor.

A partir disso, Lázaro iniciou uma investigação familiar para resgatar a memória materna. Célia se alfabetizou na vida adulta, trabalhou como empregada doméstica e encontrou no teatro um espaço de afirmação. “Falar dela também tem a ver com um burnout que sofri no início do ano passado. Percebi que havia questões que eu havia colocado debaixo do tapete.”

O luto, segundo ele, ainda reverbera. “Até poucos anos atrás, eu entrava no supermercado, via um biscoito de que ela gostava e começava a chorar”, revelou. “Evitei por muito tempo encarar a história dela, porque ela sofreu muito.”

Lázaro também destacou que o processo de escrita despertou um novo olhar para mulheres como sua mãe, que muitas vezes passam despercebidas no cotidiano. “Passei a perceber várias outras ‘Célias’ por aí, que a gente vê todos os dias, mas nem sempre enxerga.”