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Instagram tira do ar perfis de fofoca gospel e escancara crise entre influencers e lideranças religiosas

Entre os seguidores, a sensação é de censura

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 19 de abril de 2025 às 09:00

Evangélicos
Evangélicos Crédito: Reprodução

A fofoca do mundo gospel está comprometida. A queda de perfis voltados para a cobertura dos bastidores do universo evangélico acendeu o alerta na comunidade religiosa desde a última terça-feira (15). A decisão do Instagram de remover páginas como “O Fuxico Gospel” – maior canal de conteúdo crítico e investigativo sobre o meio cristão no país, com cerca de 300 mil seguidores – provocou reações imediatas nas redes sociais e mobilizou os fiéis em busca de respostas.

A movimentação digital foi intensa: leitores assíduos migraram para outras plataformas e inundaram os comentários com questionamentos. O canal “Eu, Você e a Palavra” ouviu o criador do “Fuxico Gospel”, Izael Nascimento, conhecido por ser uma figura controversa dentro da comunidade cristã. Sem respostas oficiais, ele afirmou que também foi pego de surpresa e ainda não recebeu explicações claras da plataforma sobre o banimento.

No entanto, uma do mesmo canal revelou que a remoção teria sido motivada por denúncias em massa, após o perfil publicar uma série de conteúdos relacionados ao advogado Jeferson Brandão. O jurista trava atualmente uma disputa judicial complexa com a Igreja Metodista, que entrou em recuperação judicial com um rombo superior a R$ 1,7 bilhão. A cobertura do perfil, com manchetes que falavam em “colapso financeiro” da instituição, teria desagradado parte da cúpula religiosa.

Outro canal atingido foi o “Bastidores do Templo”, que se define como uma página dedicada a “expor falsas doutrinas”. Seu criador, Daniel Gramado, se manifestou em vídeo nas redes, denunciando a derrubada de seu perfil como parte de uma tentativa de silenciar vozes críticas.

“O canal foi tirado do ar misteriosamente, mas isso já era esperado. O conteúdo que venho trazendo aqui não agrada a algumas lideranças religiosas. Já fui ameaçado por advogados”, afirmou Gramado.

Sem espaço nas redes tradicionais, os criadores agora buscam alternativas para continuar reportando os escândalos e tensões internas que envolvem igrejas e figuras de influência no meio gospel. Entre os seguidores, a sensação é de censura e de uma tentativa de apagar conteúdos que desagradam ao topo da hierarquia religiosa.