Jairinho 'enforcou' Monique dias antes da morte de Henry, afirma babá

Relatos sobre agressões do vereador foram encontrados pela polícia em celular

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  • Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2021 às 17:15

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Uma série de mensagens encontradas no celular da babá de Henry Borel indicam que o vereador Dr. Jairinho agrediu e chegou a enforcar a namorada Monique Medeiros, cinco dias antes da morte do filho dela. As informações constam no inquérito sobre o caso. 

A criança de cinco anos morreu em 8 de março. A mãe e padrasto foram indiciados, esta semana, por homicídio duplamente qualificado.

Em uma troca de mensagens, a babá Thayná de Oliveira Ferreira disse ao seu pai que Jairinho estava ameaçando sair de casa depois de ter batido em Monique."As malas dele está lá. Ele bateu nela. Enforcou. E ela disse que ele vai sair. Mas que vai ficar pagando as coisas dela. Senão vai f* ele. Aí ele tá com o rabo entre as pernas", escreveu.Segundo a polícia, os diálogos demonstram que a casa vivia uma rotina de violência. Na troca de mensagens, Thayná diz que Monique exigiu que Dr. Jairinho continuasse pagando suas contas para que ela não o denunciasse.

Falso testemunho Além dos patrões, que estão presos, a babá também está sendo investigada, nesse caso por falso testemunho. Na primeira vez em que ela prestou depoimento, ela disse que nunca tinha presenciado o Dr. Jairinho agredindo a criança e nem Monique.

Além dos relatos de que o parlamentar agrediu a namorada, no celular dela, a polícia também encontrou mensagens trocadas com Monique que mostram que Henry também era agredido.

Apesar do relato de agressão, a polícia não quis colher novo depoimento de Monique. Em uma das cartas que a professora escreveu já na prisão, ela narra agressões e diz que foi manipulada pelo político. Ela nega, no entanto, que tenha presenciado alguma agressão de Jairinho a Henry.

A Polícia Civil do Rio indiciou Monique e Jairinho por homicídio duplamente qualificado pela morte de Henry. Os dois estão presos desde 8 de abril.

O inquérito foi enviado para o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que irá decidir se denuncia o casal pelos crimes. Caso eles sejam condenados, podem pegar uma pena que pode variar de 12 a 30 anos de prisão. Com informações do Correio Braziliense e agências.