Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2022 às 14:10
- Atualizado há 2 anos
A equipe médica que acompanha a cantora Paulinha Abelha, vocalista da Calcinha Preta, afirmou que uma possibilidade considerada para explicar a lesão que a deixou em coma é o uso de remédios. Paulinha está internada em coma na UTI de um hospital de Aracaju.>
CONHEÇA O CORREIO AFRO>
Inicialmente, a cantora teve problemas renais, precisando fazer diálise. Ela foi internada no dia 11. Seis dias depois, veio a informação de que a artista estava em coma.>
ATUALIZAÇÃO: Morre Paulinha Abelha, cantora da banda Calcinha Preta>
Em coletiva na terça (22), os médicos usaram o termo "síndrome tóxico-metabólica" para falar do caso. Isso significa que alguma substância está circulando pelo corpo dela causando "uma cascata de inflamações ou lesões". >
A equipe ainda não conseguiu definir com precisão que substância estaria causando o problema. Paulinha usava alguns medicamentos, todos supervisionados. >
“Quando se fala em quadro de síndrome tóxicometabólica é porque tem alguma substância circulando no corpo da paciente que deve estar gerando uma cascata de lesões nos órgãos. Qualquer substância – seja prescrita ou não -, medicamento é droga. Mas quando Paula o fez, foi de caráter supervisionado. A gente trabalha, sim, com a possibilidade de alguma intoxicação de medicamentos, existem exames em andamento, iremos confirmar ou negar. Nesse momento essa resposta nós não temos”, disseram os médicos. >
"Quando falamos em toxicidade, ele é um agressor. Mas não é necessariamente uma toxina. Podemos estar diante de algum medicamento prolongado", acrescentou Ricardo Leite.>
Escala mais grave de coma Ontem, os médicos também falaram que Paulinha está no estágio mais grave da escala que mede o coma, mas a situação não é irreversível. Eles negaram também que ela tinha um bactéria no cérebro. >
Paulinha está em escala de Glasgow 3, considerado mais grave do coma. Uma pessoa saudável tem a escala Glasgow 15. Participaram da coletiva o intensivista André Luis Veiga, o diretor técnica do Hospital Primavera, Ricardo Leite, e o neurologista Marcos Aurélio Alves.>
"Coma é uma condição reversível. Em nenhum momento falamos em morte cerebral. Existe o coma profundo, que traduz uma injúria encefálica severa, mas não existe o conceito de irreversibilidade ainda", explica Marcos Aurélio.>