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Melhor pra quem? Secador de banheiro espirra partículas de cocô em suas mãos

Pesquisadores descobriram que os jatos de ar desses aparelhos liberam coliformes fecais e outras bactérias no ambiente

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 30 de outubro de 2025 às 11:00

Entenda o porquê você não deve usar o secador de mãos de banheiros públicos
Entenda o porquê você não deve usar o secador de mãos de banheiros públicos Crédito: Freepik

Parece inofensivo e até higiênico, mas o secador de mãos pode estar fazendo o oposto do que promete. Um estudo da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, revelou que esses aparelhos espalham bactérias fecais no ar, e direto para as mãos de quem os usa.

O equipamento, comum em banheiros públicos, foi associado à presença de dezenas de colônias de microrganismos potencialmente perigosos, incluindo os que vêm das descargas sem tampa fechada.

Secador de mãos por Reprodução

Secadores de ar: o perigo invisível nos banheiros

Pesquisadores norte-americanos analisaram 36 secadores de mãos em banheiros masculinos e femininos da Universidade de Connecticut.

Ao expor placas coletoras por apenas 30 segundos sob os jatos de ar, os cientistas encontraram entre 18 e 60 tipos diferentes de colônias de bactérias em cada uma delas. A descoberta chocou até mesmo os próprios especialistas.

Segundo o microbiologista Peter Setlow, líder do estudo, a principal origem dessas bactérias são as fezes humanas que se dispersam pelo ar durante a descarga, especialmente quando a tampa do vaso não é abaixada.

Assim, o secador acaba funcionando como um “soprador” de microrganismos fecais, que voltam diretamente para as mãos limpas.

Os resultados, publicados em uma revista de microbiologia aplicada, mostraram que esses aparelhos não apenas espalham coliformes fecais, como também aerolisam, suspendem no ar, esporos e possíveis patógenos. Ou seja: o que deveria secar as mãos pode, na verdade, estar se contaminando.

Bactérias fecais e vírus no ar: o que mais está sendo espalhado

O estudo reforça achados anteriores que já relacionavam secadores de ar à disseminação de doenças como a gripe H1N1. Quando o ar quente é soprado com força, ele carrega partículas minúsculas que flutuam no ambiente por minutos, facilitando a transmissão de germes.

Ainda que muitas dessas bactérias não sejam consideradas perigosas em pequenas quantidades, o alerta é claro: os secadores de ar favorecem a circulação de microrganismos nos banheiros públicos, especialmente os mais movimentados.

Setlow ressalta que o perigo maior está na facilidade com que essas bactérias se espalham, e não necessariamente no risco imediato de infecção. “Esses aparelhos mostram como os microrganismos conseguem se mover com facilidade entre o ambiente e o corpo humano”, explica o pesquisador.

O que fazer: papel ainda é a opção mais segura 

Os secadores de mãos analisados não possuíam filtros HEPA, capazes de reter partículas microscópicas e reduzir o número de bactérias expelidas. Segundo os cientistas, a instalação de filtros adequados seria uma solução para minimizar o problema, mas a maioria dos banheiros públicos ainda não possui essa tecnologia.

Enquanto isso, a recomendação é simples: prefira o papel toalha sempre que possível. Ele é mais eficiente na remoção de microrganismos e evita a dispersão de bactérias no ar.