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O segredo sombrio da ilha que um dia já foi a mais povoada do mundo e hoje é um lugar fantasma

Descubra a rotina extrema dos mineiros que viviam espremidos em uma ilha de concreto

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 30 de dezembro de 2025 às 18:00

O destino trágico de Gunkanjima, a ilha japonesa que serviu de motor para uma era industrial
O destino trágico de Gunkanjima, a ilha japonesa que serviu de motor para uma era industrial Crédito: Jakub Hałun/Wikimedia Commons

Você consegue imaginar cinco mil pessoas dividindo um espaço menor que o Parque Ibirapuera? Essa era a realidade sufocante de Hashima no ano de 1959, quando o local fervilhava de atividade.

Apesar da superlotação, o destino da ilha foi o abandono total em menos de duas décadas. Atualmente, o território é um deserto de escombros onde apenas o vento sopra entre os apartamentos vazios.

Gunkanjima atualmente é um deserto de escombros onde apenas o vento sopra entre os apartamentos vazios por Wikipedia/kntrty

O motor de carvão japonês

Tudo começou quando geólogos encontraram uma vasta reserva de carvão sob as águas profundas. A gigante Mitsubishi assumiu o controle da área para explorar esse combustível essencial para a indústria.

Dessa forma, a ilha atraiu milhares de famílias em busca de oportunidades econômicas. O carvão ditava o ritmo da economia e garantia a sobrevivência de todos naquela pequena rocha.

A arquitetura de um navio de guerra

A necessidade de espaço forçou a construção de edifícios altos e extremamente próximos. Por causa do visual robusto, os observadores logo passaram a chamar a ilha de Gunkanjima, ou Ilha do Encouraçado.

A paisagem era marcada pela total ausência de árvores ou vegetação natural. Além disso, cada metro quadrado era aproveitado para hospitais, escolas e áreas sociais para os mineradores.

Memórias de exploração e sacrifício

Infelizmente, a trajetória de Hashima também é marcada por episódios terríveis de trabalho escravo. Durante o conflito mundial, estrangeiros foram forçados a trabalhar nas minas em situações degradantes e fatais.

Muitos apelidaram o território de Ilha do Inferno devido ao isolamento e ao sofrimento. A hierarquia social também era cruel, empurrando os menos experientes para as áreas mais inseguras dos prédios.

O fim de uma era industrial

A prosperidade da mina de carvão durou até o petróleo se tornar a energia dominante. Assim, a Mitsubishi fechou os portões da mina em 1974, tornando a ilha obsoleta quase da noite para o dia.

Atualmente, o acesso ao local é rigorosamente controlado pelo governo devido ao risco de desabamentos. Os visitantes autorizados podem ver apenas uma parcela ínfima do que já foi uma metrópole vibrante.