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Agência Correio
Publicado em 3 de junho de 2025 às 21:00
Você sabia que interromper seu parceiro pode estar minando seu relacionamento? Angelika Koch explica como esse hábito aparentemente inocente causa danos profundos. "Pequenos atos, quando repetidos, mudam como nossos parceiros se sentem", alerta.>
O problema ganhou atenção após um relato viral na rede social Reddit. Um usuário compartilhou como se sentia desanimado ao ser constantemente interrompido pela namorada quando falava com entusiasmo sobre diversos assuntos.
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Ser interrompido ou censurado pode causar sentimentos muito negativos que se acumulam, explica Koch. O caso relatado pelo homem no Reddit ilustra bem isso - com 13 mil upvotes, mostrou como muitas pessoas se identificam com a situação.
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O usuário relatou que, quando animado, tendia a falar mais alto. Sua namorada frequentemente pedia para ele "falar mais baixo", fazendo-o perder completamente o entusiasmo pela conversa.
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Koch detalha que interrupções criam um senso de humilhação. "A pessoa começa a sentir que suas paixões são de menor importância", explica. Esse padrão pode levar a problemas de autoestima e até transtornos psicológicos.
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A especialista ressalta que muitas pessoas não percebem quando elevam o tom de voz. "É apenas um sinal de paixão e profundo engajamento", afirma. Cortar esse momento de empolgação é extremamente prejudicial.
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Pessoas autistas sofrem ainda mais com interrupções. Como explica o Telavita, elas já enfrentam desafios na cognição social - capacidade de interpretar sinais não verbais durante conversas.
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Interrupções insensíveis podem aflorar traumas e sentimentos de reprovação. Para esses indivíduos, a dificuldade em ler o clima social torna as interrupções ainda mais dolorosas e confusas.
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A solução, segundo Koch, está na validação emocional. "Reconheça a empolgação do parceiro antes de qualquer crítica", recomenda. Essa abordagem cria cooperação em vez de defensividade.
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Com o tempo, o parceiro pode aprender a se policiar, explica a especialista. Mas isso só acontece quando ele não se sente atacado pessoalmente, e sim apoiado no processo de melhoria da comunicação.
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