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Agência Correio
Publicado em 20 de agosto de 2025 às 10:33
Entre as orientações dadas em voos comerciais, a de abrir as persianas durante pousos e decolagens está entre as mais comuns. Apesar de parecer apenas uma recomendação de rotina, essa medida é um dos pilares da segurança aérea. >
O motivo é simples: os instantes de decolagem e aterrissagem são considerados os mais arriscados, e cada detalhe pode influenciar no resultado de uma emergência. >
Essa exigência não é feita ao acaso. A prática permite que passageiros, tripulação e equipes externas tenham mais informações visuais em tempo real. >
A presença de luz natural dentro da cabine, a possibilidade de identificar perigos e a rapidez nas ações de resgate tornam a medida indispensável. Em resumo, o ato de abrir as persianas é um recurso de segurança universal que salva vidas.>
Manter as janelas abertas proporciona uma visão clara do exterior, permitindo que passageiros e tripulação percebam rapidamente fumaça, fogo, objetos estranhos ou qualquer outro fator de risco próximo à aeronave. Essa visão antecipada é essencial para agir com rapidez e minimizar situações que possam se tornar perigosas durante pousos ou decolagens.>
Além disso, essa observação constante funciona como um reforço coletivo de segurança. Os olhos de todos a bordo tornam-se aliados da tripulação, ampliando a vigilância e aumentando as chances de detectar sinais que, de outra forma, poderiam passar despercebidos em momentos de grande movimento.>
A luz natural que entra pelas janelas durante os procedimentos críticos prepara a visão dos passageiros para mudanças bruscas de luminosidade.>
Em uma evacuação, por exemplo, essa adaptação é essencial, já que o ambiente externo pode estar muito mais claro ou escuro do que o interior da cabine. Sem essa preparação, os olhos demorariam mais tempo para se ajustar, o que poderia atrapalhar uma saída rápida.>
Além disso, essa adaptação visual contribui para que os passageiros identifiquem com clareza corredores, saídas de emergência e instruções luminosas. Dessa forma, até mesmo em situações de pânico, a chance de manter uma evacuação organizada e segura aumenta consideravelmente, reduzindo o risco de acidentes dentro da própria cabine.>
Com as persianas abertas, socorristas e equipes externas conseguem avaliar de imediato a situação no interior do avião. Isso facilita a identificação de passageiros que precisam de ajuda urgente, como crianças, idosos ou pessoas com mobilidade reduzida. Dessa forma, os primeiros minutos de uma operação de resgate tornam-se mais ágeis e eficientes.>
Ao mesmo tempo, essa visibilidade também permite que a tripulação se comunique de maneira não verbal com os profissionais do lado de fora, utilizando gestos ou sinais simples para indicar áreas seguras ou prioritárias. Essa troca de informações, ainda que discreta, é decisiva em cenários onde cada segundo pode salvar vidas.>
Agências de aviação civil, como a EASA (na Europa) e a FAA (nos Estados Unidos), determinaram que as persianas devem permanecer abertas durante pousos e decolagens. Essa norma não é apenas uma recomendação: trata-se de um padrão internacional de segurança que todas as companhias aéreas precisam cumprir, independentemente do país de origem.>
Esse alinhamento global garante que, em qualquer parte do mundo, passageiros e tripulação estejam submetidos às mesmas medidas de proteção. A uniformidade dos protocolos aumenta a confiança no setor aéreo e assegura que cada voo siga práticas baseadas em estudos técnicos e experiências acumuladas ao longo de décadas.>