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Agência Correio
Publicado em 3 de outubro de 2025 às 17:34
O comportamento canino frequentemente utiliza gestos sutis para comunicar necessidades essenciais. O ato de lamber as patas, que pode parecer apenas uma peculiaridade, é uma das formas mais claras pelas quais os cães expressam desconforto. >
Profissionais da área veterinária sublinham que essa ação serve como um farol para problemas de saúde que podem estar escondidos e em desenvolvimento. >
Veterinários alertam sobre cachorros com pele enrugada
Mais do que apenas tédio ou autocuidado, a persistência na lambedura sinaliza um leque de condições, que abrangem desde reações inflamatórias na pele até quadros de ansiedade. >
O tutor desempenha um papel chave ao não desvalorizar o sinal. Entender e agir sobre essa "fala" corporal é fundamental para garantir o bem-estar e a longevidade do companheiro de quatro patas, evitando complicações.>
A atitude pode rapidamente passar de higiene para um ciclo problemático. Ao jornal O Globo, Harry Edward Chapman, fundador do site DotDotPet, alerta que muitos tutores "interpretam o gesto de forma equivocada", ignorando o potencial de um diagnóstico sério. >
A consequência de não interromper o hábito é a constante umidade na área, facilitando infecções bacterianas e fúngicas que agravam o sofrimento do pet.>
Quando o cão lambe as patas repetidamente, os veterinários apontam diversas causas principais. O espectro é vasto, incluindo as alergias de contato ou alimentares, que causam coceira intensa, e as dores articulares (frequentes em cães mais velhos) que levam à busca por alívio. O estresse e parasitas externos (pulgas/carrapatos) também são importantes motivadores desse comportamento.>
A umidade gerada pela lambedura contínua funciona como um agravante, criando um ambiente ideal para infecções secundárias. Esse processo, que intensifica a coceira e o desconforto, dificulta o controle do problema, demandando intervenção profissional imediata para quebrar o ciclo vicioso de dor e lambedura.>
A melhor defesa é a observação diligente. Tutores devem monitorar a frequência e a intensidade da lambedura. Se o pet começar a lamber até causar vermelhidão ou feridas, é a hora exata de marcar a consulta veterinária. Anotar os momentos e os contextos em que o cão se lambe (após o passeio, na ausência do dono) ajuda o profissional a encontrar os gatilhos.>
Além disso, a rotina de cuidados preventivos faz toda a diferença. Uma alimentação de alta qualidade minimiza riscos de alergia. A higiene regular das patas e o manejo da ansiedade com atividades e exercícios ajudam a equilibrar o estado emocional do animal. O cuidado diário é um pilar da saúde integral do pet.>