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Fernanda Varela
Publicado em 1 de novembro de 2025 às 13:27
Condenada por matar e esquartejar o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, em 2012, Elize Matsunaga vive hoje em liberdade condicional, no interior de São Paulo. Após mais de uma década presa, ela tenta reconstruir a vida, mas segue afastada da filha, que é criada pelos avós paternos e não mantém contato com a mãe desde o crime. Na época, a bebê tinha 9 meses de vida.>
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O assassinato aconteceu em maio de 2012, no apartamento do casal, na capital paulista. Elize atirou em Marcos após uma discussão e, em seguida, esquartejou o corpo do empresário. O caso ganhou enorme repercussão e se tornou um dos crimes mais comentados do país. Em 2016, ela foi condenada a 19 anos, 11 meses e um dia de prisão, pena que foi reduzida para 16 anos e 3 meses em 2019.>
Depois de cumprir mais de dez anos, Elize obteve liberdade condicional em maio de 2022. Desde então, vive em Franca, no interior de São Paulo, sob as condições do regime aberto: deve manter endereço fixo, trabalhar e não deixar a cidade sem autorização judicial.>
Nos primeiros meses em liberdade, ela chegou a trabalhar como motorista de aplicativo, atividade que exerceu legalmente. Posteriormente, deixou o serviço após críticas públicas e passou a costurar roupas e acessórios para animais de estimação.>
A relação de Elize com a filha, hoje adolescente, é o ponto mais delicado de sua nova fase. A menina foi entregue aos avós paternos, pais de Marcos Matsunaga, logo após o crime. O casal assumiu a criação da neta e mantém o compromisso de só permitir que ela decida, por vontade própria, se quer conhecer ou conviver com a mãe quando atingir a maioridade. Ela está com 15 anos.>
Elize tenta, por meio de ações judiciais, manter o reconhecimento da maternidade e o direito de ser informada sobre o desenvolvimento da filha, mas as visitas e o contato direto continuam proibidos. Os avós alegam que preservar o afastamento é uma forma de proteger a menina até que ela tenha maturidade para compreender o caso.>
A ex-presidiária, que hoje tem 44 anos, vive de forma reservada e raramente fala com a imprensa. Em 2021, antes de deixar a prisão, participou da série documental “Elize Matsunaga: Era uma vez um crime”, da Netflix, em que falou pela primeira vez sobre o assassinato e afirmou se arrepender do que fez. Desde então, evita entrevistas e mantém uma rotina discreta no interior.>