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Agência Correio
Publicado em 8 de agosto de 2025 às 10:11
Whindersson Nunes, um dos maiores nomes do humor brasileiro, só descobriu sua superdotação na vida adulta. Seu caso ilustra um fenômeno comum: muitas pessoas passam anos sem entender suas diferenças, até que uma crise as leva a procurar ajuda. >
Como explica a psicóloga Mayra Gaiato, a superdotação envolve três elementos-chave: habilidade excepcional, comprometimento intenso e criatividade na execução. "Ela não fica só fazendo o que ela já sabe", observa a especialista, em seu vídeo no Youtube. >
Superdotação
A imagem tradicional do gênio com QI altíssimo não reflete a diversidade das altas habilidades. Muitos adultos possuem talentos específicos em áreas não acadêmicas, como artes ou esportes, e nunca foram identificados como superdotados. >
Whindersson descreveu esse sentimento em uma entrevista para o Fantástico: "Minha cabeça funciona em horários diferentes". Essa percepção de ser diferente, sem entender porquê, é comum entre adultos superdotados não diagnosticados, levando a frustração e isolamento. >
Pessoas com altas habilidades muitas vezes enfrentam desafios no ambiente de trabalho. Seus padrões elevados e formas diferentes de pensar podem causar conflitos com colegas e superiores. Nas relações pessoais, a diferença de ritmo também gera atritos. >
Gaiato destaca que, na infância, essas crianças "acabam sendo alvos de bullying". Na vida adulta, o problema se transforma, mas não desaparece: muitos se sentem incompreendidos e deslocados em grupos sociais convencionais. >
O diagnóstico, mesmo tardio, pode ser libertador. Entender as próprias características ajuda a desenvolver estratégias para lidar com desafios e aproveitar melhor os talentos. Como no caso de Whindersson, essa descoberta pode marcar um novo começo. >
Se você suspeita que pode ter altas habilidades, procurar um profissional é o primeiro passo. A avaliação adequada pode abrir portas para terapias, ajustes profissionais e, principalmente, para uma relação mais saudável consigo mesmo. >