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Sai a do Catar e entra a seleção dos cinco primeiros ministros de Lula

Lista do quinteto tem Haddad, Rui e, por ironia do destino, embaixador do Brasil na Croácia

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  • Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2022 às 05:00

Enquanto a Seleção ainda se encaminhava para encerrar o ciclo do Brasil na Copa do Catar, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciava à imprensa na sexta-feira os nomes dos cinco primeiros integrantes da equipe que entrará em campo para tocar o  governo federal a partir de janeiro de 2023. Para dois cargos de grande destaque na máquina do Palácio do Planalto foram escalados petistas da gema: o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad na Fazenda e o ainda governador da Bahia, Rui Costa, no comando da Casa Civil.

Em coletiva concedida no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, onde está instalado o Gabinete de Transição, Lula revelou o restante do quinteto. O Ministério da Justiça e Segurança Pública ficou para Flávio Dino (PSB), senador eleito pelo Maranhão. Já a pasta da Defesa será chefiada pelo ex-ministro do Tribunal de Contas da União José Múcio Monteiro, que também já dirigiu o Ministério das Relações Institucionais no segundo governo do petista. Numa coincidência irônica, o atual embaixador do Brasil na Croácia, Mauro Vieira, ficará de novo à frente das Relações Exteriores, posto que ocupou durante a segunda gestão de Dilma Rousseff (PT).

Segundo o presidente eleito, os nomes foram antecipados para que possam entrar logo no aquecimento para quatro anos de jogo. “Preciso que algumas pessoas comecem a trabalhar para montar a estrutura do governo e para que o governo comece a funcionar”, disse. Os demais ministros serão anunciados semana que vem, após a cerimônia de diplomação de Lula e do futuro vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). 

A princípio, a equipe do petista seria apresentada de uma vez após a diplomação, mas Lula decidiu antecipar os cinco primeiros depois que o Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. A decisão de adiantar o anúncio de parte dos escolhidos tem como pano de fundo a tentativa de impasses no Ministério da Defesa e agilizar as costurar para emplacar a PEC na Câmara.

Lula destacou também o fato de que todos os ministros, até agora, são homens. Mas prometeu adotar a diversidade na definição dos próximos cargos: “Vai chegar uma hora em que vocês vão ver mais mulheres do que homens e muitos afrodescendentes”.  Governador baiano diz que Casa Civil terá foco em retomada de investimentos Presente à coletiva, Rui Costa afirmou que, sob seu comando, a Casa Civil priorizará a articulação com estados e municípios e a retomada de investimentos no Brasil.Fazer com que o país cresça, que pessoas possam sair da condição de beneficiários de auxílio e passem a ter renda, disse Rui Costa, ao falar sobre a meta como ministro.Embora a articulação política tenha sido papel da Casa Civil em governos anteriores, o governador baiano assegurou que essa tarefa não estará entre suas atribuições principais. “Obviamente, quando formos discutir com diversos segmentos, por exemplo, empresariais, isso é articulação, só que de conteúdo programático, gerencial”, emendou, ao antecipar que haverá  um ministro específico para cuidar das costuras políticas.

Nova regra fiscal e reforma tributária serão prioridades, diz Haddad Nome visto com receio e temor pelo mercado, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o instituir uma nova regra fiscal, em troca do teto de gastos, retomar acordos internacionais e consolidar a reforma tributária serão os primeiros passos que tomará quando assumir o comando da economia nacional em 2023.

A declaração foi dada por Haddad em breve entrevista concedida logo após ter sido anunciado por Lula no cargo. “O importante é a gente ter uma agenda para 2023 forte, recuperar os acordos internacionais, que estão parados, sobretudo com a  União Europeia, a questão do arcabouço fiscal e da reforma tributária, como grandes movimentos nossos. Faremos todos”, frisou o futuro ministro.

Haddad revelou que começará a escolher logo os secretários que vão ocupar o coração da Fazenda. “Preciso combinar com o ministro do Planejamento para ter uma equipe coesa. Não fiz convites formais, mas já sondei muita gente”, declarou.

Haddad prometeu empenho máximo na reforma do sistema tributário, tido como um dos grandes entraves da economia brasileira. Apesar de inúmeras propostas nesse sentido nos últimos 20 anos, todas esbarraram em dificuldades políticas e junto ao setor produtivo.