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Carol Neves
Publicado em 16 de dezembro de 2025 às 10:21
Nos 250 anos do nascimento de Jane Austen, completados nesta terça-feira (16), a obra da escritora inglesa segue atual, lida e adaptada, atravessando gerações sem perder força. Com ironia fina, olhar crítico sobre as convenções sociais e personagens femininas complexas, Austen construiu romances que se tornaram pilares da literatura ocidental. >
Nascida em 16 de dezembro de 1775, no vilarejo de Steventon, na Inglaterra, Jane Austen publicou apenas seis romances completos em vida ou postumamente, número pequeno diante do impacto duradouro de sua produção. Suas histórias, ambientadas principalmente no interior inglês do final do século XVIII e início do XIX, exploram temas como casamento, dinheiro, classe social e autonomia feminina.>
Ao longo dos anos, sua obra rendeu diversas adaptações para as telonas - e também para as telinhas. Confira: >
Adaptações da obra de Jane Austen
“Orgulho e Preconceito”, publicado em 1813, é sua obra mais conhecida. O romance acompanha Elizabeth Bennet e o enigmático Mr. Darcy, em uma trama marcada por mal-entendidos, críticas sociais e diálogos afiados. O livro se consolidou como um clássico da literatura mundial e permanece como porta de entrada para novos leitores.>
Outro destaque é “Razão e Sensibilidade”, lançado em 1811, que contrapõe emoção e racionalidade por meio das irmãs Elinor e Marianne Dashwood. Já “Mansfield Park” (1814) aborda moralidade, dependência financeira e relações de poder dentro da família, enquanto “Emma” (1815) apresenta uma protagonista que desafia expectativas ao ser rica, independente e resistente ao casamento.>
Publicados após sua morte, em 1817, “Persuasão” e “A Abadia de Northanger” completam o conjunto. O primeiro é considerado o romance mais maduro da autora, com tom mais melancólico e reflexivo; o segundo dialoga com o romance gótico da época, usando humor e sátira para desmontar clichês literários.>
Jane Austen morreu aos 41 anos, sem jamais imaginar a projeção que suas obras alcançariam. Dois séculos e meio após seu nascimento, seus livros continuam sendo reeditados, estudados e adaptados para cinema, televisão e teatro, reafirmando a relevância de uma autora que transformou o cotidiano e as relações sociais em literatura universal.>