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Centro Histórico recebe exposição CENAS com retratos de grandes espetáculos teatrais

Mostra revela a atmosfera cênica através de imagens inéditas de Mário Edson

  • Foto do(a) author(a) Miro Palma
  • Miro Palma

Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 17:54

Fotografias foram capturadas ao longo das últimas duas décadas
Fotografias foram capturadas ao longo das últimas duas décadas Crédito: Divulgação

No dia 17 de dezembro, uma quarta-feira, o Centro Histórico de Salvador receberá a exposição ‘CENAS’ (2026), uma mostra que celebra o olhar fotográfico sobre espetáculos que marcaram a história do teatro. Aberta ao público, a vernissage — marcada para as 19h, no ME Ateliê da Fotografia — também apresenta o lançamento do calendário de mesmo nome, assinado pelo fotógrafo e idealizador da iniciativa, Mário Edson.

Com uma curadoria especial, o público poderá apreciar retratos autorais de grandes montagens teatrais em uma seleção inédita que destaca recortes de figurinos, interpretações, luzes, contrastes e elementos visuais característicos do teatro. São dezesseis fotografias que compõem o calendário e outras vinte imagens exibidas na mostra. O projeto de 2026 integra as comemorações dos 70 anos da Escola de Teatro da Bahia, da Universidade Federal da Bahia, e dos 20 anos do grupo Teatral Teatro NU, criado pelo dramaturgo Gil Vicente Tavares.

A mostra reúne registros de montagens emblemáticas, concebidas para homenagear e preservar a memória de importantes nomes do teatro baiano e nacional. As fotografias foram capturadas ao longo das últimas duas décadas da carreira de Mário Edson. Entre os espetáculos presentes estão As Velhas, Tom na Fazenda, Pássaros de Copacabana, Das“Coisa” da Vida, Bispo, O Galo, Surf no Caos e outros.

“O conjunto de imagens que compõem esta edição do calendário reúne os registros realizados ao longo de anos de dedicação à memória das peças teatrais, em que acompanhei na Bahia, Brasil e no exterior. Esse carinho logo se transformou no tema de inspiração para o ‘calendário de 2026’. Através das CENAS (2026), meu desejo é que cada mês inspire, provoque e reafirme a importância da arte teatral na construção de memórias, afetos e olhares sobre o mundo”, afirma o fotógrafo.

Além do lançamento do calendário ‘CENAS’ (2026), a exposição convida o público a revisitar momentos marcantes de montagens teatrais diversas. A mostra, já considerada um marco da tradição e cultura do Centro Antigo, contempla 36 espetáculos itinerantes que circularam por palcos da Bahia, do Rio de Janeiro, de outras regiões do Brasil e do exterior.

Há mais de vinte anos à frente dos tradicionais ‘calendários’ da cidade, Mário Edson apresenta sua nova publicação após destacar-se em edições anteriores, como: “Centro Histórico – Arte, cultura, memória e gastronomia” (2019); “Olorum” (2009); “Mães do Mundo - Mulheres de Axé” (2025); “Sagrada Irmandade” (2022); “Janelas Européias” (2011); e “Cuba – Um Olhar Brasileiro” (2016). Para 2026, a coleção conta com a curadoria do fotógrafo e escritor Marcos Cesário, coautor do livro Solidões (2025).

“Mário Edson não procura registrar a intenção de cada espetáculo. Uma ideia, uma intenção, não pode ser fotografada. Ele procura aquele tempo que está entre seus sentimentos e seus enquadramentos. Aquele tempo individual e solitário que se move através do desejo de reter a cena fotografada e entre certeza de não saber, ao certo, o que seu olhar interpretou da interpretação de cada diretor, de cada ator que se move em cima do palco e dentro de sua cabeça. Estes retratos são a cenas interiores de Mário Edson; que, por acaso, estavam projetadas em cada espetáculo que ele pacientemente, instintivamente, registrou: interpretou”, comenta Cesário.

Segundo o escritor e blogueiro Hayton Rocha, o elemento que une as imagens de ‘CENAS’ (2026) é a ‘luz’. “Não só a luz física, que recorta gestos e revela expressões, mas a luz simbólica que cria atmosfera, evoca sentimentos, traduz dualidades e devolve à cena sua beleza mais íntima. Desta vez, o teatro foi ‘O chamado’. Palco onde tantos fotógrafos registram apenas o acontecimento, ele (Mário Edson) o atravessa como quem busca a alma, não a superfície”, conclui.