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Portal Edicase
Publicado em 19 de agosto de 2024 às 18:36
As escadas são elementos essenciais para conectar diferentes planos de níveis, além de transformar ambientes, tanto na questão da praticidade quanto da estética. Com uma infinidade de modelos e materiais à disposição, podem surgir dúvidas de como fazer a melhor escolha, pois a construir é algo sério e deve ser muito bem-planejado, desde o desenho até os cálculos e o resultado. >
Considerando isso, a dupla de arquitetas Danielle Dantas e Paula Passos, do escritório Dantas & Passos Arquitetura, listam 7 dicas importantes. Confira! >
A avaliação do espaço disponível é o ponto de partida para definir a escada ideal. As profissionais ressaltam que elas precisam ser bem estudadas desde o início do projeto, quando é analisada a área onde será construída, bem como os possíveis tipos de instalação estrutural, a segurança e o conforto ao subir e descer, além de harmonizar com toda a identidade do projeto. “Escadas não devem ser encaradas como elementos soltos em um projeto. Essa decisão precisa ser coerente com a edificação e a arquitetura proposta”, comenta Paula Passos. >
Assim como podem acompanhar a identidade do projeto, elas concordam que as escadas também podem ser o destaque do ambiente a partir de um design muito bem pensado e dimensionado, além do uso de acabamentos eleitos com o propósito de enfatizar a estética do conjunto. Podem, ainda, ter uma dupla função como divisória ou organizadora, dependendo do local onde serão inseridas. >
Elementos estruturais indispensáveis para unir diferentes níveis de uma construção precisam ser pensados com muito cuidado, principalmente se no local residir crianças e idosos. “É inegável que esse público é mais propenso a acidentes durante a movimentação”, afirma Danielle Dantas. Por isso, para o conforto e segurança, as arquitetas recomendam algumas medidas: >
Corrimão e guarda-corpos são itens básicos de segurança e devem atender a certos critérios, não apenas de medidas. No caso dos corrimãos, não deve haver interrupções e a forma cilíndrica é recomendada por se tornar mais fácil de segurar. No que diz respeito ao guarda-corpos, o vão não deve ser superior ao recomendado como estratégia de evitar que uma criança prenda a cabeça ou as mãos entre os vãos. Outra dica é pensar em colunas, bem distribuídas na escada, como maneira de limitar a presença de grandes vãos e garantir melhor sustentação. >
“O emprego de peças de acabamentos também é indicado para ajudar na interligação entre degraus e corrimãos. Também damos preferência por usar materiais antiderrapantes, consideramos a colocação de uma luz noturna constante e portões de segurança com sistema de pressão para a proteção dos bebês e crianças pequenas. Em vãos muito grandes, as redes de proteção são muito bem-vindas!”, aconselha Paula Passos. >
O espaço disponível é determinante para definir o formato da escada, assim como as qualidades de degraus necessários, direção de lances e patamares. Segundo as arquitetas, escadas podem ter formatos: >
Quanto aos tipos de estruturas, as mais comuns são as escadas em cascata, com a parte inferior fechada inclinada ou escalonada; com viga central e degraus em balanço nas laterais; com vigas laterais e as escadas flutuantes com degraus chumbados nas paredes laterais. Para a escolha dos materiais, há um leque de opções, mas segundo as profissionais as principais são: madeira, metal e concreto. >
“Lembrando que esses materiais também podem ser combinados no projeto e a escada revelar uma mistura entre eles. Os revestimentos aplicados nos degraus exercem muita influência no estilo da escada. Valiosíssimo reafirmar que a pisada dos degraus não deve ser elaborada com materiais escorregadios”, completa Paula Passos. >
Entre os revestimentos recomendados estão as pedras naturais com tratamentos mais porosos e as madeiras na sua forma mais bruta e sem vernizes. É possível também investir na aplicação do porcelanato, aclamado por sua resistência e o grande leque de opções de texturas antiderrapantes e cores no mercado. >
Já os corrimãos podem ser de ferro, madeira, aço inox e alumínio, enquanto os guarda-corpos pedem um visual limpo, leve e podem ser produzidos com vidro reto ou curvo. Nesse caso, a dupla do escritório Dantas & Passos enfatiza a aquisição do material laminado ou temperado com espessura de aproximadamente 10 mm. “De jeito nenhum deve ser considerado o vidro comum”, adverte Paula. >
Para quem busca por um estilo mais clássico ou rústico, a madeira, o ferro ou o aço inox se revertem em um visual que atende bem todos os formatos de escadas. >
Muitas vezes, as escadas são o elemento de destaque estético do local. Por exemplo, escadas curvas podem ser verdadeiras esculturas com naturalidade, trazendo mais dinamismo ao ambiente, e o mármore consagra a estrutura com aspectos de requinte e sofisticação. >
Os projetos com escadas flutuantes são capazes de criar efeitos visuais impressionantes com degraus casados aliados com efeitos de luz indireta e as metálicas, com viga central e degraus de madeira em balanço, contribuem com a estética de leveza e rapidez na montagem. >
Não só as escadas podem ser aproveitadas, mas o espaço abaixo delas pode ser otimizado. “Uma área ociosa embaixo de uma escada pode servir como jardim interno, um pequeno home-office , barzinho com adega ou como espaço de armazenamento de apoio para livros. Em ambientes mais compactos, que precisamos otimizar o uso para melhor aproveitamento geral dos espaços, a área é perfeita para um armário de rouparia ou apoio para organizar malas”, finaliza Danielle Dantas. >
Por Emilie Guimarães >